Banca de DEFESA: CAMILA CUNHA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAMILA CUNHA DA SILVA
DATA : 29/01/2024
HORA: 14:00
LOCAL: De forma remota
TÍTULO:

EXTRATO DO CAROÇO DO AÇAÍ COMO POTENCIAL MODULADOR DA FERMENTAÇÃO RUMINAL 


PALAVRAS-CHAVES:

Extrato de plantas. Sustentabilidade. Resíduo industrial. Ruminantes. Compostos fenólicos.


PÁGINAS: 50
RESUMO:

Alguns extratos de plantas têm sido considerados promissores como aditivos para modular a fermentação ruminal de forma positiva. As pesquisas quanto a ação dos seus compostos bioativos foram impulsionadas pela decisão da União Europeia que proibiu o uso rotineiro de antibióticos na alimentação animal, dentre quais os antibióticos ionóforos que são os mais difundidos no mercado estão inclusos. O caroço do açaí é um resíduo gerado após o processamento do fruto para extração da polpa, seu desperdício corresponde a cerca de 60 a 85% do fruto e sua utilização comercial ainda é limitada, resultando em um acúmulo exorbitante desse resíduo. Afim de reduzir o lixo gerado pelo processamento da polpa do açaí, novas aplicações ao seu caroço são almejadas. Para tal, estudos demonstram que o caroço contém uma quantidade considerável de compostos bioativos, como polifenóis, que apresentam propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anti-inflamatórias, apresentando potencial para a aplicabilidade na produção animal. O extrato do caroço do açaí (ECA) possui maior concentração de polifenóis que o fruto e a casca, apresentando maior capacidade antioxidante que a própria polpa. Estes resultados evidenciam que a parte com maior teor de compostos bioativos está sendo desprezado e descartado pela indústria.Visto isso objetivou-se avaliar os efeitos do extrato do caroço de açaí sobre a digestibilidade in vitro e parâmetros de fermentação ruminalin vitro em diferentes condições dietéticas. Foram conduzidos três experimentos utilizando diferentes relações de volumoso:concentrado (v:c)(90:10; 50:50 e 20:80).Para cada experimento, foram avaliadas quatro doses do ECA, sendo: 0, 0,3, 3 e 30 mg de ECA/g de substrato. Em cada experimento foram incubados, por 6, 12 e 24 horas, 144 frascos em estufa a 39°C.Foram realizadas análises para determinar a digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), aconcentração de ácidos graxos voláteis (AGV) e nitrogênio amoniacalruminal (N-NH3). Para o substrato v:c - 90:10, no tempo de incubação 12 e 24 horas, a inclusão do ECA na dosagem de 0,3 mg/g apresentou menor DIVMS (p<0,05) quando comparado ao tratamento controle. Para o substrato v:c - 50:50, no tempo de incubação 12 horas, as maiores dosagens (3 e 30 mg/g) apresentaram maior DIVMS, comparando-se ao tratamento sem ECA e à dose 0,3 mg/g de ECA. Para o substrato v:c - 20:80, nos tempos de incubação 12 e 24 horas as dosagens 3 e 30 mg/g apresentaram maiores DIVMS.Quanto à concentração de N-NH3, para o substrato v:c - 50:50 em 12 horas de incubação, as dosagens de 3 e 30 mg/g apresentaram menores concentrações de N-NH3.Para o substrato v:c - 20:80 a inclusão do ECA não apresentou diferenças sobre N-NH3. A inclusão do ECA apresenta efeitos negativos sobre a DIVMS quando a dieta simulada apresenta alto teor de fibra como evidenciado na relação v:c 90:10.Ao contrário, com alto teor de concentrado (v:c 20:80) a inclusão de 3 e 30 mg de ECA/g de substrato melhora a DIVMS, indicando que seus efeitos podem ser positivos em dietas com alto teor de concentrado.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - PEDRO DEL BIANCO BENEDETI - EDESC
Externa à Instituição - GABRIELA DE JESUS COELHO - UFRA
Presidente - 1894011 - RAFAEL MEZZOMO
Interno - 1143911 - RAYLON PEREIRA MACIEL
Notícia cadastrada em: 22/01/2024 09:38
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