Eficácia do Cunambi (Clibadium surinamense) como anestésico para alevinos de tambaqui (Colossoma macropomum Cuvier, 1818) (Piscis, Serrasalmidae)
Cunambi, Piscicultura, Amazônia
Na pesquisa, foi avaliada a eficiência do cunambí, Clibadium surinamense L como anestésico durante a biometria em juvenis de tambaqui, Colossoma macropomum.Para tanto foram avaliadas três concentrações de extrato aquoso de cumanbí (10, 30 e 50ml/L) Para cada tratamento, 3 peixes (17,24g ± 14,01 e 9,18 ± 0,91cm), foram expostos individualmente na solução anestésica durante 10 minutos para determinar a concentração ideal para a realização de uma biometria. Durante a indução anestésica, foram monitorados todos os estágios de anestesia e aferido o tempo necessário a indução anestésica. Após a indução, os peixes foram transferidos para aquários contendo 25 litros de água sem anestésico, com aeração constante e aferido o tempo de recuperação. Após o tempo de anestesia os peixes foram pesados em uma balança analítica e depois da pesagem colocados no aquário de recuperação contendo 25 litros de água sem anestésico com aeração constante até retornarem a posição normal de natação e aferido o tempo de recuperação. Após a recuperação, todos os indivíduos foram monitorados por 96h para observação do número de indivíduos mortos e posterior analise da concentração ideal. Foi realizada a analise química do solo para verificar se houve uma influencia entre o solo e o material botânico em estudo. A fim de identificar as distintas substâncias contidas nos extratos aquosos das folhas, foram realizadas análises por Cromatografia Gasosa Acoplada a Espectrometria de Massas (CG-EM), onde observou-se que a presença de duas substancias (o cunaniol e outra substancia não identificada), sendo esta ultima majoritária na fração. A concentração de 10 ml/L foi o tratamento que necessitou de maior tempo para atingir o estágio de indução desejado de sedação profunda (7,4 minutos), contudo houve diferença significativa (p<0,05) em relação às concentrações de 30 e 50 ml/L. Entretanto, a concentração de 10 ml/L é a ideal para o procedimento de biometria e breve manejo, pois apesar da demora em induzir o peixe aos diferentes estágios de anestesia, provoca uma rápida recuperação (8,62 minutos) em relação a outros tratamentos 30 ml (16,6 minutos) e 50 ml (23,7 min). Os resultados obtidos sugerem que a concentração ideal de extrato aquoso de cunambí para realização de uma biometria é de 10 ml/L.