O FITOPLÂNCTON COMO BIOINDICADOR DA QUALIDADE DA ÁGUA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO PÚBLICO DE ÁGUA DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM (PARÁ, BRASIL)
estuários amazônicos, reservatórios tropicais, qualidade da água, indicadores aquáticos.
Este trabalho teve como temática abordar os grupos funcionais do fitoplâncton e os índices ecológicos do sistema de abastecimento público de água da Região Metropolitana de Belém (Amazônia, Pará, Brasil), o qual abrange os reservatórios Água Preta, Bolonha e o Rio Guamá, visto que estudos sobre essas temáticas são escassos, sendo pouco conhecidas as respostas do fitoplâncton sobre a qualidade das águas destes ambientes. O objetivo deste trabalho é identificar a composição, densidade e biomassa do fitoplâncton do sistema de abastecimento de Belém (reservatórios Bolonha, Água Preta e Rio Guamá), através do estudo do biovolume algal, índices ecológicos e grupos funcionais nas interpretações da dinâmica desta comunidade, da dinâmica limnológica e suas respostas às possíveis alterações da qualidade da água. Nos reservatórios foram realizadas coletas mensais (jan, fev, mar, abr, jun, jul e out/2019) de água em quatro pontos, no Rio Guamá as amostragens ocorreram mensalmente de maio/2019 a abril/2021, no ponto de captação de água para o sistema de abastecimento público, para determinar os fatores físico-químicos, densidade e biomassa do fitoplâncton. Houve variação sazonal da turbidez, transparência e precipitação pluviométrica dos fatores físico-quimicos nos reservatórios e N-amoniacal, STS, CV e transparência no Rio Guamá. Nos sistema de abastecimento foram identificadas 262 espécies fitoplanctônicas, as quais apresentaram variações espaço-temporais na densidade e biomassa. Nos reservatórios os principais GF foram W1, Lm e Q; GMF: 6a, 1a, 5b e 11c; GFBM: V, VI e VII. A riqueza de espécies variou significativamente entre os meses. O reservatório Bolonha apresentou menor riqueza, menor diversidade, maior dominância e menor equitabilidade, em relação ao reservatório Água Preta. Já no Rio Guamá o GF P prevaleceu nos meses de estudo, a clorofila- a acompanhou as variações das densidades, a clorofila- c foi mais elevada que a clorofila- b, indicando a dominância das diatomáceas com mais de 80 % durante todo o período, o ICF considerou as águas variando de boa a ótima. O IET classificou o Rio Guamá de oligo- mesotrófico. Este estudo recomenda os grupos funcionais do fitoplâncton- GFs e os índices ecológicos como ferramenta de bioindicação e monitoramento da qualidade ambiental por serem práticos e representativos do ambiente.