Banca de DEFESA: MARCELO FRANCISCO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCELO FRANCISCO DA SILVA
DATA: 14/04/2016
HORA: 09:00
LOCAL: sala Pos AqRAT
TÍTULO:

ECOLOGIA ESPACIAL E  FUNCIONAL DA COMUNIDADE ZOOPLANCTÔNICA NO MÉDIO CURSO DO RIO TOCANTINS


PALAVRAS-CHAVES:

 barragens, ecoogia de comunidades, metacomunidades, métodos multivariados


PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
SUBÁREA: Ecologia Aplicada
RESUMO:

A utilização de rios para o aproveitamento energético é uma realidade que afeta os principais corpos hídricos brasileiros. O entendimento sobre a ação das modificações antrópicas nestes corpos hídricos, sobre a dinâmica ambiental e funcional das comunidades planctônicas, parte da compreensão do papel das variações espaciais e temporais, inerentes aos ambientes, sobre estas. Os aspectos sobre a ecologia espacial e funcional da comunidade planctônica, na área de influência da barragem da Usina Hidroelétrica de Estreito, no médio curso do rio Tocantins, foram estudados com base em amostragens realizadas, por arrasto superficial com redes de plâncton de 20 e 64 μm, em 20 pontos de coleta, distribuídos nos 20 km a montante e a jusante da barragem, durante os períodos chuvoso (fevereiro/2013) e seco (agosto/13). As análises físico-químicas revelaram a formação de um gradiente ambiental diretamente relacionado ao estabelecimento do reservatório. Na avaliação do estado trófico pelo índice de Lamparelli, o ambiente lago teve comportamento oligotrófico enquanto o rio, a jusante da barragem apresentou padrão mesotrófico. Foram identificados 22 tipos morfofuncionais de algas planctônicas na amostragem, 13 destes apresentando relação significante com as variações observadas na densidade da comunidade zooplanctônica. Com 145 taxa de organismos zooplanctônicos identificados, a diversidade estimada pelo índice de Shannon-Winer foi de 3,22±0,01 nat.ind-1, com 64,7% de equabilidade. Os rotíferos apresentaram a maior riqueza de espécies com 90 taxa, seguidos de cladóceros (42) e copépodos (12). A riqueza e diversidade variaram de forma significante em relação as variações sazonais e ambientais, enquanto a densidade de organismos apresentou variação significante apenas em relação ao tipo de ambiente. A densidade no período chuvoso foi dominada pela espécie de rotífero Filinia camasecla e pelo cladócero Bosmina longirostris, enquanto que as espécies de rotíferos Ptygura libera e Conochilus unicornis foram as mais representativas durante a estiagem. A análise de agrupamento Two-way  revelou a formação de grupos de amostras que se relacionam com a sazonalidade e o tipo de ambiente, um padrão semelhante tendo sido encontrado nos grupos de espécies formados. A aplicação do índice de valor de Importância – IndVal, aliado ao teste de significância com base no modelo nulo, revelou que 36 das espécies amostradas são potenciais indicadoras ambientais. As espécies F. camasecla e Plationus patulus macrocanthus, foram fortes indicadoras do período chuvoso, enquanto que o gênero Gastropus, e as espécies P. libera, C. unicornis, Trichocerca cylindrica e Brachionus dolabratus dolabratus apresentaram forte poder de indicação para o período seco, estes dois últimos se destacando no ambiente rio. A análise de redundância canônica (RDA) da variação da densidade zooplanctônica em relação a 25 variáveis ambientais, 3 espaciais e 3 temporais, levou a explicação de 41,9% da variância, sendo 32,8% desta concentrada nos dois primeiros eixos canônicos. A análise de partição de variância demonstrou que a fração da variação da densidade que pode ser atribuída exclusivamente aos aspectos ambientais, correspondeu a 13% em comparação a 23,7% da fração ambiente-tempo, atribuída a modificação dos aspectos ambientais ao longo da variação temporal. O padrão estrutural das metacomunidades nos dois períodos sazonais, foi estimado pela técnica EMS – Elements of Metacommunites Struture, revelando o padrão geral semi aninhado, havendo diferenciação ao longo do tempo dos padrões das comunidades de cladóceros e rotíferos, o que demonstra que estas respondem as variações ambientais ao longo dos períodos sazonais. A comunidade zooplanctônica estudada, foi composta por 8 grupo funcionais de organismos, que apresentaram distribuição relacionada aos tipos de ambientes e períodos sazonais. Contudo, não houve variação significativa na diversidade funcional ao longo da amostragem. Apesar de não terem sido identificados, pela técnica do quarto-canto, relações significantes entre os aspectos ambientais e os traços funcionais da comunidade zooplanctônica, a aplicação da análise RLQ demonstrou haver interação significante entre os traço funcionais e os eixos que representam o gradiente ambiental ao longo da amostragem, assim como entre os parâmetros ambientais e o espaço funcional das espécies.   


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1279339 - EDUARDO TAVARES PAES
Externo à Instituição - FÁBIO CAMPOS PAMPLONA RIBEIRO - UFF
Externo à Instituição - André Luiz Perez Magalhães - UFPA
Externo à Instituição - JOSE EDUARDO MARTINELLI FILHO - UFPA
Externo à Instituição - Raphael Ligeiro Barroso Santos - UFPA
Notícia cadastrada em: 17/03/2016 09:19
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