Estratégias alimentares na larvicultura do peixe ornamental amazônico Pyrrhulina brevis (Steindachner, 1876): Primeira alimentação, transição alimentar e crescimento compensatório
Aquicultura; Caracídeo; Larvicultura; Manejo alimentar; Peixe amazônico.
Pyrrhulina brevis é um peixe endêmico da bacia Amazônica que possui potencial para a piscicultura ornamental, pois apresenta características morfológicas e comportamentais bastante apreciadas na aquariofília e elevados preços no mercado de peixes ornamentais. Contudo, apesar de todas as caraterísticas atrativas dessa espécie, os exemplares disponíveis no mercado ainda são oriundos do extrativismo, e a sua produção em cativeiro esbarra na falta de informações sobre manejos básicos de criação, principalmente sobre protocolos de alimentação na larvicultura. A criação das larvas é uma das fases mais críticas da piscicultura, dada à alta fragilidade dos peixes e as elevadas taxas de mortalidade dos animais. Dessa forma, objetiva-se com o presente estudo avaliar a utilização de diferentes tipos de alimentos iniciais, a transição alimentar do alimento vivo para a dieta formulada e restrição parcial de alimentos na larvicultura intensiva do peixe ornamental amazônico P. brevis. O primeiro experimento será realizado em delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos e cinco repetições, e terá duração de 30 dias. Um total de 300 larvas serão distribuídas aleatoriamente em 30 aquários (1L), a 10 larvas L-1, e serão submetidas a diferentes alimentos [dieta formulada (D), náuplios de artêmia (N), microverme (M) e combinação entre os alimentos (DN, DM e NM)]; O segundo experimento será realizado em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x5, com três repetições, e terá duração de 30 dias. Um total de 600 larvas serão distribuídas aleatoriamente em 60 aquários (1L), a 10 larvas L-1, e serão submetidas a diferentes tempos de fornecimento de alimento vivo (N) (0, 5, 10 e 15 dias) e diferentes períodos de transição entre o alimento vivo e a dieta formulada (co-alimentação de 1, 2, 3, 4 e 5 dias); O terceiro experimento será realizado em delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e cinco repetições. Um total de 500 larvas serão distribuídas aleatoriamente em 25 aquários (1L), a 20 larvas L-1, e serão submetidas à privação parcial de alimento através do fornecimento de diferentes taxas de alimentação na larvicultura (50, 75, 100, 125 e 150 náuplios de artêmia larva-1 dia-1), seguido de alimentação com dieta formulada por um período de 30 dias. Serão avaliados o desempenho produtivo, resistência ao estresse por exposição ar, parâmetros morfológicos intestinais, desenvolvimento muscular e custo de produção. As análises estatísticas serão realizadas utilizando-se o software SAEG (Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas). Ao final do projeto pretende-se disponibilizar informações sobre o manejo alimentar na larvicultura intensiva da P. brevis e contribuir para a formação de um pacote tecnológico para sua criação em cativeiro.