Frequencia alimentar na produção de juvenis de tambaqui em tanques-rede
Aquicultura, piscicultura, manejo alimentar, fisiologia, biologia.
Pesquisas na área de manejo alimentar de peixes com espécies nativas vem sendo realizadas na Amazônia no intuito de desenvolver um pacote tecnológico para melhorar os índices de produção. O tambaqui Colossoma macropomum é nativo da região Amazônica e muito apreciada pela população e a sua criação em cativeiro vem sendo estudada, e os resultados mostram que a espécie apresenta bons índices zootécnicos em ambientes de confinamento, boa resistência ao manejo e boa aceitação de dietas formuladas. O manejo alimentar do tambaqui é um atributo fundamental para sua produção, uma vez que, está relacionado a uma fatia considerável dos custos de produção na piscicultura. O período de alimentação e a frequência alimentar são fatores importantes que estão ligados diretamente com a biologia e comportamento das espécies, dessa forma, estudos que visam estabelecer a melhor frequência e períodos de alimentação devem ser realizados para otimizar a alimentação das espécies. O estudo teve como objetivo avaliar o uso do de diferentes frequências de alimentação no desempenho produtivo e fisiologia de juvenis de tambaqui. O experimento teve duração de 60 dias e foi realizado em tanques-rede de 0,5x 0,5x0,7 (largura, comprimento e altura), na densidade inicial de 30 peixes/tanque. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com seis tratamentos e três repetições: T1: uma refeição por dia, às 8h da manhã; T2: uma refeição por dia, às 16h; T3: duas refeições por dia, às 8 e 14h; T4: duas refeições por dia, às 8 e 16h; T5: três refeições por dia, às 8, 12 e 16h; e, T6: quatro refeições por dia, às 8, 10, 14 e 16h. Ao final do experimento, a sobrevivência foi semelhante entre os tratamentos e o aumento na frequência de alimentação levou a um aumento no consumo, nos índices de desempenho e nos parâmetros sanguíneos glicose, triglicerídeos e colesterol. Os peixes alimentados com uma refeição pela tarde apresentaram melhor desempenho do que os alimentados uma única vez pela manhã. Dessa forma, conclui-se que a frequência alimentar altera o desempenho e os parâmetros sanguíneos de juvenis de tambaqui criados em tanques-rede.