ASPECTOS MORFOLÓGICOS DE MICROPARASITAS ENCONTRADOS EM Genyatremus luteus, Bloch, 1790 E Aspistor quadricustis, Valenciennes, 1840, ORIUNDOS DO MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO DE ODIVELAS, PARÁ.
São Caetano de Odivelas, Peixes, Microparasitas, Aspistor quadriscutis, Genyatremus luteus
A análise da produção brasileira por unidade de Federação, demonstra que nós últimos anos o estado do Pará tem tido um avanço significativo na produção pesqueira, ficando apenas atrás de Santa Catarina e do estado da Bahia. A mesorregião Nordeste Paraense compõe uma região com uma extensão territorial de 83.074,047 km², sendo composta por cinco microrregiões, dentre elas destaca-se a micorregião do Salgado composta por 11 municípios e com uma área territorial de 5.812,70 km². São Caetano de Odivelas, é um dos municípios mais conhecidos através da pesca nessa região, composto por estuários havendo uma vasta diversidade ictiológica. Dentre essa vasta fauna ictiológica encontra-se o Aspistor quadiscutis e o Genyatremus luteus. A espécie A. quadiscutis é vulgarmente conhecida como bagre pela população local e o peixe G. luteus, conhecido como Peixe Pedra ou Coró,com importância comercial e fazem parte da alimentação da população local. O presente estudo teve o objetivo de descrever e analisar morfologicamente os microparasitas encontrados nas espécies A. quadiscutis e G. luteus. Foram coletados 24 espécimes nos meses de Maio e Outubro de 2015, prevendo a realização das coletas para 12 (doze) meses. Após a captura, os animais foram acondicionados em água do habitat com aeração artificial e levados vivos até o Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo – LPCA, localizado na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), campus de Belém/PA. Os animais foram colocados em aquários com água do habitat e aeração artificial, pesados e medidos (comprimento total – CT, comprimento padrão – CP), e observada a sexagem. Em seguida, os animais foram anestesiados e sacrificados para necropsia, e retirada dos órgãos para análise, com o auxilio de uma lupa. Após foi utilizada a microscopia de luz (ML) e os órgãos foram retirados, fragmentados (0,5 cm de tamanho), fixados na solução Davidson (alcool etilico a 95%, formalina PA, ácido acético e água destilada), seguindo o procedimento padrão do LPCA. Os fragmentos dos órgãos foram desidratados em álcool, diafanizados em xilol, embebidos em parafina até a formação de blocos. Em seguida, foi realizada a microtomia com cortes de 0,5 µm de espessura, e corados em Hematoxilina/Eosina e outras técnicas especiais, montado em lâminas/lamínulas com Entellan, para posterior observação em ML. Como resultado preliminar das analises observou-se, que cerca de 46% dos peixes estavam infestados com algum tipo de microparasitas, sendo aproximadamente 82% com parasita do filo Apicomplexa e 91% com filo Myxozoa.