ANALISE DA VARIABILIDADE GENÉTICA DAS PISCICULTURAS DE TAMBAQUI (Colossoma macropomum, Cuvier 1818) DO ESTADO DO PARÁ, UTILIZANDO MARCADORES MICROSSATELITES
Colossoma, Pisciculturas, Variabilidade Genética, Microssatélite, Baixo Amazonas, Nordeste Paraense.
Das espécies cultivadas nativas das bacias hidrográficas brasileiras, o tambaqui (Colossoma macropomum) é a com maior produção, sendo esta concentrada principalmente nas regiões Norte e Nordeste. No cultivo de peixes, estudos já demonstram perda ou diminuição de variabilidade genética ocasionando problemas principalmente de endogamia, adaptabilidade e sobrevivência das progênies. O presente estudo tem com objetivo avaliar o nível de variabilidade genética de populações cultivadas de tambaqui em municípios do Estado do Pará, utilizando marcadores microssatélites. As 216 amostras, provenientes de 10 municípios de três regiões do estado do Pará, foram genotipadas utilizando o sistema multiplex de 10 marcadores microssatélites descritos na literatura. Calculou-se os índices de diversidade genética (heterozigosidade observada e esperada, riqueza e freqüência alélica entre outros) e ainda foi verificado o relacionamento genético das populações. Os resultados do presente estudo contêm evidências de perda de variabilidade genética nas populações cultivadas de tambaqui, comparadas com dados publicados para os mesmos marcadores com populações selvagens. No geral houve diferenciação genética entre as populações, principalmente quando comparadas por região, apresentando um estrutura genética de apenas duas grandes populações.