MANEJO ALIMENTAR NO DESEMPENHO PRODUTIVO DE JUVENIS DE TILÁPIA-DO-NILO (Oreochromius niloticus) E LAMBARI DO RABO AMARELO (Astyanax altiparanae) EM BAIXAS TEMPERATURAS
manejo alimentar, privação alimentar, nutrição, aquicultura.
A temperatura da água é um dos fatores que mais influenciam no desenvolvimento dos animais aquáticos, sendo que, na aquicultura pode levar a uma diminuição no consumo de dieta e alterações fisiológicas relacionadas ao metabolismo e a homeostase. Ainda, o fator ambiental em questão é um dos itens levados em consideração para a escolha de uma espécie para a aquicultura. O manejo alimentar é uma das variáveis que podem ser afetadas pela temperatura e estratégias que visem melhorar o consumo da dieta e o aproveitamento dos nutrientes e energia são altamente desejáveis nessa situação, evitando desperdício e mantendo a qualidade da água. O presente projeto tem como objetivo avaliar o uso de períodos de restrição alimentar no desempenho produtivo de juvenis de tilápia Oreochromis niloticus e lambari do rabo amarelo Astyanax altiparanae, visando um melhor aproveitamento da ração e uma diminuição nos custos de produção. O experimento foi realizado em um tanque de alvenaria no qual foram alocados 18 hapas, sendo 9 para cada espécie, lambari do rabo amarelo e tilápia do Nilo. Foram testados três manejos de alimentação para ambas as espécies: 1- alimento ofertado em todas as refeições pela manhã e tarde; 2 - alimento ofertado no período da manhã; e 3: alimento ofertado no período da tarde. O monitoramento da temperatura foi feito diariamente e os demais parâmetros uma vez por semana. Ao final do experimento foram avaliados o desempenho produtivo, a composição corporal e alguns parâmetros hematológicos e bioquímicos sanguíneos. No desempenho produtivo, o consumo de dieta e a conversão alimentar foram diferentes entre os tratamentos no experimento com juvenis de tilápia, e para o lambari apenas o consumo de dietafoi maior no tratamento em que os peixes receberam todas as refeições. Para análise de composição corporal para ambas as espécies não foi encontrada diferença estatística, com exceção do lambari que variável umidade foi maior nos animais alimentados pela manhã. Para os parâmetros sanguíneos da tilápia apenas a AST e a ureia apresentaram diferença e para o lambari apenas a proteína plasmática. Por fim, os tratamentos de restrição testados podem ser implementados para a criação das espécies, pois apresentaram alterações mínimas nos parâmetros avaliados. Esses manejos podem ser eficientes para o produtor readequar a quantidade de ração fornecida em locais no qual o inverno é mais rigoroso.