PESCA, DIVERSIDADE E SEDIMENTOS NA CAPTURA DE LAGOSTAS NA PLATAFORMA CONTINENTAL AMAZÔNICA
Panulirus argus; frota lagosteria; região norte; biodiversidade.
A pesca da lagosta é uma das atividades mais rentáveis no Brasil, gerando emprego, renda e divisas para o país. A pesca da lagosta no Brasil se estende desde a costa do estado do Amapá, região norte, até o estado do Espírito Santo, região Sudeste. Na costa norte a lagosta vermelha Panulirus argus se destaca nas pescarias. No Pará, a pesca da lagosta vem, ao longo dos anos, tentando se inserir como significativo item da produção pesqueira, uma vez que o Estado produz e comercializa. Os municípios de Bragança e Augusto Corrêa são importantes polos do setor lagosteiro, possuindo significativa frota e um expressivo número de pessoas envolvidas. Vários entraves dificultam a sustentabilidade da atividade na região norte, dentre eles, destacam-se a carência de informações relacionadas à socioeconômica, emprego de apetrecho de pesca proibido, precárias condições de manipulação a bordo, oscilações no valor de comercialização e impactos ao meio ambiente. Diante deste cenário, fica claro que a atividade da pesca da lagosta, na costa paraense, ano após ano, vem tornando-se inviável economicamente e ambientalmente. Nesse sentido, o estudo pretende apresentar um panorama atual da pesca da lagosta na costa Norte do Brasil, a partir do acompanhamento da frota sediada nos municípios de Bragança e Augusto Corrêa. Para este fim, será descrito o perfil socioeconômico das pessoas envolvidas na atividade de pesca, descrito a pesca e os procedimentos de captura e quantificada e qualificada a biodiversidade acompanhante e materiais inorgânicos oriundos das pescarias. Para a realização do estudo serão realizadas pesquisas de acervos bibliográficos, aplicação de questionários semiestruturados a pescadores e armadores, coleta de mapas de bordo e realização de embarques na frota. A bordo será iniciada a identificação e coleta da fauna acompanhante e outros matérias oriundos da pesca. Todo material amostrado será a identificado nos laboratórios de Crustáceos do Cepnor e UFPA (campus Bragança). Todo material coletado será organizado em planilha de dados para as análises. Além disso, serão confeccionados mapas relacionando a área de pesca da lagosta com sua fauna acompanhante por meio de programas Surfer 8.0 e Arcgis.