Banca de DEFESA: PAMELLA OLIVEIRA DA COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PAMELLA OLIVEIRA DA COSTA
DATA : 23/08/2019
HORA: 09:30
LOCAL: Sala da Pós graduação EM AQUICULTURA E RECURSOS AQUÁTICOS TROPICAIS
TÍTULO:

PROPOSTA DE ZONEAMENTO DA PESCA DE ARRASTO DA PIRAMUTABA Brachyplatystoma vaillantii NA ZONA ECONÔMICA (ZE) DA COSTA NORTE DO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Pesca industrial, PREPs, Amazônia, ordenamento pesqueiro.

 


PÁGINAS: 32
RESUMO:

Nesta proposta de zoneamento da pesca industrial de arrasto de piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii), foram utilizadas duas fontes de dados distintas: dados do PREPS (Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite) relativos às embarcações piramutabeiras na costa norte do Brasil, durante os anos de 2008 a 2011 e dados de produtividade dos mapas de bordo desta pescaria (entre fevereiro de 2008 e setembro de 2011). A metodologia de rastreamento do PREPS permite o monitoramento remoto das embarcações pesqueiras. O sistema apresenta uma série de informações referentes ao posicionamento geográfico e ao deslocamento das embarcações pesqueiras que atuam no Brasil. Os registros relacionados à atividade de pesca demonstraram três grandes áreas com concentrações de densidade, em termos de ocupação pela intensidade de uso de área, bem marcadas nos quatro anos estudados e compreendidas geograficamente entre os paralelos de 00°N a 01ºN, 01°N a 02°N, 00°N a 01ºN e os meridianos de 048º40’W a 049º40’W, 048º40’W a 049º40’W e 047º40’W a 048º40’, respectivamente. Essas zonas de pesca foram divididas em quadrantes e delimitadas como Área de Proteção Rotativa (APR). Foi sugerido um ciclo de pesca quadrimestral composto por três quadrantes com período de ocupação (atividade de pesca) de 4 meses em cada área e 8 meses de descanso para a recuperação do estoque. Para os dados de mapas de bordo, foram avaliadas as informações referentes a 10.467 lances de pesca e foi calculada a CPUE média para cada mês do ano. De acordo com os dados de vazão obtidos através do portal da Agência Nacional de Águas - ANA, provenientes da estação localizada no município de Óbidos, PA e dos resultados da análise dos dados da frota de arrasto que captura a piramutaba, foram verificados os maiores valores de CPUE no período de maior vazão do rio Amazonas: maio a junho de 2008 (340,06 kg/redes-hdec), abril a julho de 2009 (298,26 kg/redes-hdec) e maio a junho de 2010 (439,25 kg/redes-hdec). Os resultados de CPUE também foram relacionados com a precipitação pluviométrica média mensal das estações do Nordeste Paraense (mm), vazão média mensal do rio Amazonas (m³/s) e o índice de El Niño 3.4, usando análise de correlação cruzada. A variação mensal média da CPUE da piramutaba com base no Periodograma de Lomb mostrou um ciclo bem marcado e constante de aproximadamente um ano. Dentre os fatores ambientais que possivelmente influenciaram esse ciclo, o índice de El Niño 3.4 teve correlação negativa (r=-0.77; p<0.001), com defasagem de 15 meses, enquanto que a chuva mensal e a vazão média do rio Amazonas, apresentaram correlações significativas e fortemente positivas (r=0.89 e 0.87; p<0.001), com defasagens de 12 e 11 meses, respectivamente. Dessa forma, pode-se explicar que as flutuações na variação da CPUE média por mês da piramutaba foram influenciadas por eventos climáticos. Por fim, em anos de La Niña, espera-se que haja o aumento das chuvas e vazão e consequentemente da captura da piramutaba na costa norte do Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1147555 - BRENO GUSTAVO BEZERRA COSTA
Externo à Instituição - GEILSON SILVA TENÓRIO - IFPA
Interno - 2301048 - ISRAEL HIDENBURGO ANICETO CINTRA
Interno - 1356962 - KATIA CRISTINA DE ARAUJO SILVA
Externo à Instituição - LUIS MAURICIO ABDON DA SILVA - UNIFAP
Externo ao Programa - 1184716 - MAURICIO WILLIANS DE LIMA
Notícia cadastrada em: 19/08/2019 12:13
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