Banca de DEFESA: ILLANA DE ARAUJO RIBEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ILLANA DE ARAUJO RIBEIRO
DATA : 30/08/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de aula da Engenharia de Pesca
TÍTULO:

CARACTERIZAÇÃO DE SILAGENS PRODUZIDAS A PARTIR DO RESIDUO DE BENEFICIAMENTO DA INDÚSTRIA DE PESCA


PALAVRAS-CHAVES:

composição proximal, larvicultura, tilápia, nutrição, piscicultura, Oreochromis niloticus


PÁGINAS: 50
RESUMO:

Em face da diminuição e o elevado preço das fontes proteicas e lipídicas de origem animal, como a farinha e o óleo de peixe, o aproveitamento dos resíduos da produção para a geração de ingredientes de alta qualidade nutricional tem gerado grande interesse, principalmente em relação à nutrição de organismos aquáticos. A silagem ácida de resíduo de pescado apresenta-se como alternativa na obtenção de material rico em proteína a ser utilizado na elaboração de ração animal. O presente projeto visou obter e caracterizar a silagem ácida de resíduo de pescada amarela Cynoscion acoupa, piramutaba Brachyplatystoma vaillantii, e dourada Brachyplatystoma rousseauxii, provenientes do beneficiamento da indústria da pesca. As silagens foram elaboradas com acido acético como agente acidificante, sorbato de potássio como agente fungiostático e ácido cítrico como agente antioxidante.  Determinou-se a composição bromatológica das silagens quanto a umidade, lipídeos, proteínas e cinzas. O monitoramento de pH e temperatura foi realizado durante todo o processo. Adicionalmente avaliou-se a qualidade das silagens através das analises microbiológicas, a qualidade nutricional através da determinação do perfil de aminoácidos comparando por meio de escore químico (EQ) com os ingredientes farinha de peixe com 54 e 61% de proteína (FP54 e FP61), farinha d vísceras de aves (FVA) e farelo de soja (FS) e o índice de aminoácidos essenciais (IAAE). O pH e temperatura das silagens demonstraram estabilidade durante todo o processo no período de 30 dias. O maior valor percentual de umidade foi encontrado para a silagem de dourada (78,75%), seguido da silagem de piramutaba (66,74%). Para cinzas não houve diferenças estatísticas entre os resultados das silagens. Os teores de lipídeos foram superiores para as silagens de pescada amarela  (14,12%) e piramutaba (14,15%). A maior quantidade de proteínas foi encontrada na silagem de piramutaba (17,40%), seguida da silagem de dourada (16,03%) e pescada amarela (15,11%). Com relação à análise microbiológica não foram constatadas a presença de Salmonella, bolores e leveduras, coliformes termotolerantes à 35° e 45°e estafilo coagulase positiva. As quantidades dos aminoácidos lisina e ácido glutâmico estiveram em maiores concentrações em relação aos demais ácidos essenciais e não essenciais, respectivamente. Para a silagem de Dourada, Piramutaba e Pescada Amarela os valores de lisina foram de 7,43% ; 5,64% e 6,43%, e para o acido glutâmico foram de 12,06%; 9,02%; 9,72%, respectivamente. Pelo EQ, a histidina e a arginina apresentaram valores inferiores na silagem de dourada na comparação com a FP61 e FVA, respectivamente, sendo esses os aminoácidos limitantes. Na silagem de piramutaba, a histidina (aminoácido limitante), valina, isoleucina e leucina estiveram em deficiência na comparação com a FP61, a valina (aminoácido limitante) na comparação com a FP54, a valina (aminoácido limitante) e leucina na comparação com a FVA, e a histidina (aminoácido limitante) na comparação com o FS. O aminoácido triptofano foi o único em deficiência e o limitante na comparação da silagem de pescada amarela com o FS. Os maiores valores de IAAE foram obtidos com a silagem de pescada amarela, demonstrando ser uma fonte de proteína de melhor qualidade. Todas as silagens estudadas foram capazes de atender as exigências em aminoácidos para juvenis das espécies tilápia Oreochromis niloticus e truta arco-íris Oncorhynchus mykiss, como única fonte proteica. Os resultados do estudo demonstraram que as silagens dos resíduos de pescada amarela, piramutaba e dourada, oriundos da indústria da pesca, são ingredientes alternativos viáveis nutricionalmente como fonte de proteína em dietas formuladas na substituição dos principais ingredientes proteicos utilizados na formulação de dietas na aquicultura. No entanto, deve-se mencionar a importância dos testes das silagens em dietas práticas para as espécies em criação.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FÁBIO CARNEIRO STERZELECKI - UFRA
Interno - 1557097 - IGOR GUERREIRO HAMOY
Presidente - 218.313.908-09 - RODRIGO TAKATA - UFRA
Externo à Instituição - RONALD KENNEDY LUZ - UFMG
Interno - 2426544 - VIVIANA LISBOA CUNHA
Notícia cadastrada em: 09/08/2019 12:13
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