Banca de DEFESA: ODAIR DE ALMEIDA MELO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ODAIR DE ALMEIDA MELO
DATA : 27/08/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Sala da B do ISARH.
TÍTULO:

PESCA, SELETIVIDADE E BIOECOLOGIA DO CAMARÃO-DA-AMAZÔNIA Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862) NA FOZ DO RIO AMAZONAS


PALAVRAS-CHAVES:

Pesca artesal, gestão pesqueira, camarão da Amazônia, camarão regional. 


PÁGINAS: 52
RESUMO:

Os recursos que ainda não estão sobrexplotados são aqueles que possuem algum tipo de regulamentação, governança e controle do território. No Brasil, Macrobrachium amazonicum é a espécie de camarão nativo de água doce mais explorada e consumida pelas populações amazônicas e região semiárida do Nordeste Brasileiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura populacional, rentabilidade, produtividade e seletividade da pesca de camarões com diferentes espaçamentos entre talas. O presente estudo foi desenvolvido no estuário do rio Amazonas, Ilha de Santana, Amapá, Brasil. As coletas foram realizadas com armadilhas denominadas de matapi. Foram colocados três armadilhas com espaçamento entre talas de diferentes tamanhos. Cada armadilha foi coberta com uma rede do tipo mosqueteira, denominada de sobrematapi. Foram registrados o comprimento da carapaça em centímetros e o peso individual em gramas. Os comprimentos da carapaça foram agrupados em classes de 0,25 cm para o cálculo das frequências entre os espaçamentos. Os camarões foram categorizados em três classes de tamanho de acordo com o que se registra na comercialização do produto: pequenos, médios e grandes. A estrutura populacional foi baseada nas análises de comprimento da carapaça, comparando por sexo e mês de coleta, determinando as relações entre comprimento da carapaça e peso entre sexos e meses e o fator de condição para ambos os sexos. A seletividade foi determinada através das curvas de seletividade para os diferentes espaçamentos. Do total de 19967 camarões coletados 14116 foram fêmeas, 5806 machos e 45 de sexo indeterminado. As fêmeas variaram de 0,6 a 2,7 cm de comprimento da carapaça com uma média de 1,24±0,47 cm e peso variando de 0,19 a 13,49 g com uma média de 2,09±2,41 g. Para os machos a variação de comprimento da carapaça foi de 0,6 a 3,3 cm com média de 1,50±0,46 cm, enquanto a variação de peso foi de 0,25 a 18,83 g com média de 3,19±2,71 g. No geral, os machos foram maiores que as fêmeas, quando comparados por mês, o mês de fevereiro de 2019 apresentou a maior média seguido pelo mês de julho e novembro de 2018 e o mês com a menor média foi o mês de abril 2019. Os machos foram sempre maiores que as fêmeas durante sete meses (março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro). A proporção entre os sexos foi muito diferente, sendo 2,43:1 (2,43 fêmeas para 1 macho). A proporção sexual foi diferente entre os meses, sendo as fêmeas sempre mais abundantes que machos exceto nos meses de dezembro e janeiro em que as proporções foram iguais. Quando analisamos os valores de b tanto para machos quanto para as fêmeas, foi observado que os valores diferem de 3, portanto os valores para ambos os sexos são menores que 3, indicando crescimento alométrico negativo em todos os meses. O fator de condição para os machos e fêmeas diferiu de 1, quando comparados entre os sexos, também houve significância. Em todos os meses estudados não houve diferença entre os sexos, exceto no mês de maio. As armadilhas que apresentaram espaçamentos abaixo de 7 mm, atualmente utilizados pelos ribeirinhos e pescadores artesanais (geralmente 5 mm), podem ser considerados predatórios, à medida que permitem a captura de indivíduos de pequeno porte, pois mais de 50% foram capturados entre os espaçamentos de 1 a 5 mm. Apesar dos espaçamentos de 8 a 10 mm terem capturados menores quantidades de camarões, o mesmo possibilita captura de camarões de maior porte e similar rendimento em biomassa, por isso, pode ser considerado mais viável em termos ecológicos e econômicos. Assim, para que seja minimizada a captura de camarões jovens, sem por outro lado afetar drasticamente o rendimento econômico das capturas e a estrutura populacional, sugere-se o ajustamento da distância entre talas das armadilhas a partir de 6 mm. Recomenda-se ainda, que esta medida seja estabelecida em uma portaria regulatória.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1356962 - KATIA CRISTINA DE ARAUJO SILVA
Interno - 2301048 - ISRAEL HIDENBURGO ANICETO CINTRA
Externo ao Programa - 1356970 - IVAN FURTADO JUNIOR
Externo ao Programa - 1147555 - BRENO GUSTAVO BEZERRA COSTA
Externo à Instituição - TONY MARCOS PORTO BRAGA - UFOPA
Notícia cadastrada em: 06/08/2019 15:22
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