Banca de DEFESA: GRAZIELA JONES DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GRAZIELA JONES DE OLIVEIRA
DATA: 06/08/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala pos-AqRat - UFRA - Belém
TÍTULO:

ESTRUTURA ESPAÇO-TEMPORAL DAS CIANOBACTÉRIAS (CYANOPHYCEAE) NOS PORTOS DE OUTEIRO E VILA DO CONDE.

PARÁ -AMAZÔNIA - BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Zonas Portuárias. Ecologia. Cianobactérias. Saúde Ambiental.


PÁGINAS: 98
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Oceanografia
SUBÁREA: Oceanografia Biológica
ESPECIALIDADE: Interação entre os Organismos Marinhos e os Parâmetros Ambientais
RESUMO:

As cianobactérias são organismos procariotos, gram-negativos, fotossintetizantes oxigênicos e que possuem atributos morfológicos e adaptativos que lhes conferem maior competitividade pelos recursos ambientais, principalmente luz e nutrientes, entre as algas do fitoplâncton. A luminosidade, o pH, a temperatura e disponibilidade de nutriente como nitrogênio e fósforo são indispensáveis para o seu desenvolvimento, logo, em áreas urbanas, agrícolas, industriais e portuárias os dejetos ricos em matéria orgânica promovem a eutrofização, a qual é favorável às florações de cianobactérias, sendo algumas potencialmente produtoras de toxinas nocivas à saúde humana e animal. O objetivo deste estudo é determinar a variação espaço-temporal da estrutura da comunidade de cianobactérias da baía do Guajará e do rio Pará sob influência das atividades portuárias de Outeiro (Belém) e Vila do Conde (Barcarena), municípios do estado do Pará. As amostragens ocorreram em dois pontos defronte aos portos de Vila do Conde e Outeiro nas marés enchente e vazante durante três ciclos sazonais completos entre os anos de 2013 a 2016. Ocorreram também amostragens nos meses de outubro e novembro de 2015 durante e após um acidente com carga viva, respectivamente, no porto de Vila do Conde. As cianobactérias qualitativas foram coletadas com redes de plâncton de 45 µm e 64 µm e quantitativas em amostras da sub-superficie da água, fixadas com formol a 4% e lugol a 10%, respectivamente. Os parâmetros físico-químicos e a clorofila-a foram coletados nos mesmos pontos amostrados e analisados segundo protocolos internacionais. Foram registradas 51 espécies de cianobactérias, prevalecendo as espécies dulciaquicolas, planctônicas e bentônicas. O Porto de Vila do Conde apresentou a maior densidade de cianobactérias (27940±13026 cel/mL). Entretanto, não foi possível observar associações com os fatores físico-químicos e ambientais estudados. O período menos chuvoso apresentou a maior densidade (87148±14328cel/mL), associada ao pH alcalino (7,8±1,6), águas mais condutivas (520 ± 936µS/cm) e maior concentração de STD (292±510mg/L) e menores concentrações de STS (17±16mg/L) e turbidez (25±21UNT), que contribuíram para a aumento das cianobactérias. O porto de Outeiro embora tenha apresentado condições mais favoráveis para o desenvolvimento de cianobactérias, tais como as maiores concentrações de nitrogênio amoniacal (0,2±0,2mg/L), sulfato (18,8 ± 32 mg/L) e nitrito (0,07 ± 0,2 mg/L), apresentou a menor densidade (36 ± 34,5 cel/mL), pode-se dizer, portanto, que a hidrodinâmica local, caracterizada por formação de ondas, ventos fortes, águas mais salobras e instabilidade da coluna d’água foram limitantes para o estabelecimento das cianobactérias. O acidente não alterou a estrutura das cianobactérias neste estudo. As atividades portuárias não se mostraram determinantes da estrutura da comunidade das cianobactérias, mas nessas zonas, principalmente no porto de Vila do Conde, existem potenciais fatores, não considerados neste estudo, que contribuem para a proliferação de cianobactérias incluindo as espécies potencialmente tóxicas, tais como Radiocystis fernandoi, Microcystis aeruginosa, Microcystis protocystis, Cylindrospermopsis sp. e Planktothrix isothrix, que já foram reportadas como formadoras de florações no Brasil. Para o estado do Pará 24 espécies foram descritas como novas ocorrências. Este estudo é pioneiro na região contendo uma lista de todas as 51 espécies documentadas com seus registros fotográfico, morfológicos e morfométricos para auxiliar em estudos científicos futuros.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1279339 - EDUARDO TAVARES PAES
Externo à Instituição - FÁBIO CAMPOS PAMPLONA RIBEIRO - UFF
Externo à Instituição - JOSE EDUARDO MARTINELLI FILHO - UFPA
Externo à Instituição - SAMARA CRISTINA CAMPELO PINHEIRO - IEC
Notícia cadastrada em: 26/07/2018 14:52
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação - (91) 3210-5208 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa2.sigaa2