AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE MUDAS DE IPÊ-ROSA (Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos) EM SISTEMA DE AQUAPONIA COM TAMBAQUI (Colossoma macropomum)
Palavras-chaves: Sistemas integrados, Silvicultura, espécies nativas.
O Ipê-rosa (Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos), amplamente distribuída no Brasil, tem grande importância ecológica, econômica e ornamental. Na produção de mudas, a escolha do recipiente adequado é um fator determinante para o sucesso do cultivo, influenciando diretamente no desenvolvimento das plantas. A aquaponia oferece vantagens potenciais, incluindo sustentabilidade minimizando o uso de recursos e promove um ciclo natural de nutrientes, consumo reduzido de recursos e menores impactos ambientais em comparação à aquicultura e agricultura tradicional. O tambaqui (Colossoma macropomum), destaca-se como uma das espécies mais relevantes da ictiofauna da Amazônia e para aquicultura nacional, tendo desempenho já comprovado em RAS e aquaponia. Assim, justifica-se este trabalho em propor o desenvolvimento de mudas de Ipê-Rosa em sistema aquapônico com tambaqui, testando diferentes recipientes. O experimento consistiu em 5 tratamentos e um tratamento controle. Foram testados quatro recipientes, tubete de 190 ml; copo hidropônico; saco de muda com capacidade de 2,5l; sementeira de 128 células e o tratamento de cama de cultivo com substrato de caroços de açaí. Foram utilizados um total de 70 animais. Os animais foram alimentados com 3% da biomassa utilizando ração comercial Guabitec® onívoros, 35% PB e 10% energia. Diariamente foram medidas a qualidade da água e luminosidade, os parâmetros da planta (altura, coleto e número de folhas), para o desenvolvimento zootécnico foram feitas análises de crescimento e sobrevivência, calculo do peso médio, ganho de biomassa e taxa de conversão alimentar aparente. As análises das plantas foi obtida a partir da fórmula de Dickson. Todas as análises foram submetidos ao teste de normalidade e análise de variância (ANOVA), pelo teste F (p < 0,05). Os resultados permitem concluir que o sistema de tubete foi o mais eficiente para o crescimento do tambaqui, enquanto a sementeira se destacou como o melhor sistema para o desenvolvimento do ipê.