A pesca é uma das atividades mais tradicionais realizadas a jusante da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, nordeste paraense, gerando emprego e renda a inúmeras famílias ribeirinhas. O principal apetrecho de pesca utilizado na área de estudo são as rede de emalhe e as principais espécies capturadas são a pescada branca (Plagioscion squamosissimus) e o mapará (Hypophthalmus marginatus). A principal forma de comercializado do pescado é resfriado. A caracterização socioeconômica dos pescadores foi realizada por meio entrevistas semiestruturadas, com questionários aplicados a 109 pescadores nos meses de junho, agosto e setembro de 2006 e em abril de 2008. Os entrevistados, em sua maioria, são paraenses (98%), masculino (89%) que vivem em regime de união estável (38%), 82,6% possuem filhos; a renda familiar é inferior a um salário mínimo (67%) e possuem idade entre 14 e 70 anos, com ensino médio incompleto (62%), e cerca de 27% exerce a atividade entre 5 e 9 anos. Os pescadores associam a redução dos estoques pesqueiros a construção da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. A principal forma de organização profissional dos pescadores a jusante da barragem de Tucuruí são as colônias de pescadores.