Banca de DEFESA: PAULA NOGUEIRA DE FIGUEIREDO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PAULA NOGUEIRA DE FIGUEIREDO
DATA : 20/02/2024
HORA: 14:30
LOCAL: sala virtual
TÍTULO:

AVALIAÇÃO MOLECULAR E STATUS TAXONÔMICO DE UM RECURSO PESQUEIRO CRITICAMENTE AMEAÇADO DE EXTINÇÃO: Isogomphodon oxyrhynchus (Valenciennes, 1839


PALAVRAS-CHAVES:

Espécie Endêmica; Carcharhinus Oxyrhynchus; Sobre Pesca ; Região Controle; Sistemática Filogenética


PÁGINAS: 100
RESUMO:

A família Carcharhinidae, composta por espécies de tubarões amplamente conhecidos, enfrenta um debate sobre sua classificação interna, especialmente em relação ao gênero Carcharhinus. O gênero Carcharhinus Blainville, 1816, mostra-se parafilético em relação a táxons morfologicamente distintos. Dentre eles, o tubarão pato, Isogomphodon oxyrhynchus, uma espécie endêmica do Atlântico Ocidental, entre Trinidad e Tobago e o Golfo do Maranhão, no norte do Brasil uma das menores áreas de distribuição de qualquer elasmobrânquio do Novo Mundo espécies, tem enfrentado uma drástica redução populacional nas últimas décadas devido a impactos antrópicos, declínio este, que resultou em sua classificação como criticamente ameaçado pela IUCN na última avaliação feita para a espécie em 2019. No entanto, há um debate considerável sobre a validade da espécie (I. oxyrhynchus) e o status de Isogomphodon Gill, 1862 como um táxon distinto do gênero Carcharhinus. Advindo da necessidade de entender essa relação, o presente estudo molecular foi conduzido para avaliar a validade genética de I. oxyrhynchus, utilizando marcadores mitocondriais e nucleares. As análises confirmaram a parafilia do gênero Carcharhinus, agrupando I. oxyrhynchus com Carcharhinus porosus, corroborando a reclassificação de I. oxyrhynchus como Carcharhinus oxyrhynchus, assim como, P. glauca deve ser Carcharhinus glaucus, respectivamente. A divergência de C. oxyrhynchus de C. porosus ocorreu durante o Mioceno, associada a eventos geomorfológicos na costa norte da América do Sul, especialmente relacionados à configuração do rio Amazonas. Suas características distintas são adaptações ecológicas autapomórficas ao habitat da pluma amazônica, não indicando uma distinção sistemática significativa em relação a outros membros de Carcharhinus. Aliado a isto, estudos recentes têm explorado a variabilidade genética em tubarões através do DNA mitocondrial, destacando a região controle (RC) como uma ferramenta valiosa para inferências filogenéticas. Apesar da baixa variação genética em alguns grupos de tubarões, a RC apresentava um potencial para auxiliar nas análises e fornecer suporte para dados filogenéticos. Para isso foram analisadas 40 espécies de tubarões de quatro famílias da ordem Carcharhiniformes, buscando identificar padrões na estrutura da RC, definindo blocos funcionais e conservados. A extração de DNA e sequenciamento foram realizados, mapeando segmentos conservados e variáveis, para realizar a descrição da RC para as quatro famílias. Os resultados subdividiram a CR em três domínios, destacando blocos funcionais como TAS-1, TAS2, CSB-F, CSB-1, CSB-2 e CSB-3, com CSB-F predominante na porção central. Em comparação com mamíferos e teleósteos, os tubarões mostraram variação nas composições nucleotídicas nos domínios 5', central e 3'. A taxa de variação no mtDNA dos Carcharhiniformes foi notável, revelando padrões comuns em sequências de vertebrados. Essas descobertas ampliam o potencial da CR para pesquisas filogenéticas e populacionais em tubarões.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2312822 - LUIS FERNANDO DA SILVA RODRIGUES FILHO
Interno - 1557097 - IGOR GUERREIRO HAMOY
Externo ao Programa - 1273038 - DIEHGO TULOZA DA SILVA
Externo à Instituição - DIVINO BRUNO DA CUNHA
Notícia cadastrada em: 20/02/2024 13:55
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