Desempenho zootécnico do tambaqui (Colossoma macropomum) não-endogâmico e dos híbridos tambacu (Colossoma macropomum x Piaractus mesopotamicus) e tambatinga (Colossoma macropomum x Piaractus brachypomus) durante a fase de engorda
Tambaqui, Pirapitinga, Pacu, Híbridos
O cultivo de tambaqui (Colossoma macropomum) é bastante desenvolvido na Amazônia pelo excelente desempenho que apresenta em condições de confinamento. Entre as técnicas de manejo praticadas na piscicultura destaca-se a hibridação interespecífica que consiste no cruzamento entre espécies distintas para a geração de formas jovens híbridas, como o tambacu, tambaqui e pacu (♀Colossoma. macropomum vs ♂Piaractus mesopotamicus) e a tambatinga, tambaqui e pirapitinga (♀C. macropomum vs ♂ Piaractus brachypomus), tendo como objetivo melhorar a capacidade zootécnica da geração formada, isto é, obter peixes com melhor desenvolvimento corporal e maior rusticidade em relação aos parentais. Contudo, a hibridação só pode atingir resultados mais promissores em longo prazo, quando desenvolvida com o rigor de uma metodologia adequada através do refino genético para as características de interesse. Algo que em curto prazo, como é feita atualmente, não pode proporcionar e ainda pode causar sérios prejuízos para as populações nativas como a extinção por introgressão genética através da fuga de exemplares híbridos com capacidade reprodutiva para o ambiente natural. Considerando o apelo à proteção dos recursos naturais amazônicos e a necessidade do desenvolvimento zootécnico de animais puros na piscicultura, com o intuito de minimizar a utilização da hibridação. O objetivo deste trabalho é avaliar, comparativamente, o desempenho zootécnico entre exemplares de tambaqui geneticamente puros, oriundos de cruzamento não endogâmico (sem consanguinidade) e exemplares híbridos interespecíficos tambacu e tambatinga.