ASPECTOS MORFOLÓGICOS DE MICROPARASITAS NO PEIXE Stellifer rastrifer JORDAN, 1889, ORIUNDO DO DISTRITO DE OUTEIRO/PA
Mixosporídios, Pescado, Microparasitas.
O ambiente aquático é um meio no qual à presença de agentes patogênicos pode tornar-se comum em decorrência de alterações ambientais. Os parasitas de peixes possuem uma distribuição mundial, podendo afetar todas as espécies, de águas tropicais e temperadas. O parasitismo por pelo gênero Kudoa pode produzir enzimas proteolíticas que atuam sobre o músculo do hospedeiro, provocando mioliquefação, com perda do valor comercial. Este trabalho tem por objetivo descrever a ocorrência do gênero Kudoa na musculatura de Stellifer rastrifer. Foram utilizados 90 espécimes de S. rastrifer (nome vulgar Cabeça dura), capturados no distrito de Outeiro/Estado do Pará PA. Os animais foram acondicionados em sacos plásticos com aeração artificial e transportados ao Laboratório de Pesquisa Carlos Azevedo (UFRA). Os peixes foram mantidos em aquários até que se procedesse às análises. Para pesquisa de parasitos, os animais foram anestesiados, sacrificados e necropsiados, e as observações dos órgãos foram feitas com auxílio de microscopia de luz (ML). Dos órgãos com possíveis focos de parasitismo foram retirados pequenos fragmentos e observados a fresco em ML, entre lâmina e lamínula com uma gota de água. Com a confirmação do parasitismo, foram colhidos fragmentos de músculo e fixados em solução de Davidson, processados, e corados pela técnica da hematoxilina e eosina, documentados através de fotografias realizadas pela câmera AxionCam ERc 5s ZEISS acoplada a ML PRIMO STAR ZEISS. Foram visualizados pseudocistos no interior e por entre as fibras musculares epi e hipoaxial, com aparência de cordões negros ao longo da musculatura, a fresco. Observou-se, que 100% dos exemplares apresentavam parasitismo por Kudoa na musculatura e através de suas características morfológicas, esporos de forma estrelada, quatro valvas e quatro cápsulas polares, características pertencentes ao gênero Kudoa. Há necessidade de estudos em microscopia eletrônica de transmissão e biologia molecular para determinação da espécie parasita.