Banca de QUALIFICAÇÃO: HANI ROCHA EL BIZRI

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HANI ROCHA EL BIZRI
DATA: 06/12/2016
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do ISPA
TÍTULO:

Desenvolvimento da morfologia externa e interna da paca (Cuniculus paca) durante a etapa fetal

PALAVRAS-CHAVES:

Biometria fetal, gestação, roedores.

PÁGINAS: 34
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

O estudo do desenvolvimento fetal pode propiciar melhorias das técnicas de reprodução assistida e das metodologias de diagnóstico gestacional por imagem, além de permitir entender as relações filogenéticas e evolutivas entre espécies. No entanto, poucos estudos foram realizados sobre este tema. O objetivo deste estudo é descrever o desenvolvimento da morfologia fetal externa (descritiva e biométrica) e interna (volumetria sistemática) da paca (Cuniculus paca), uma espécie de roedor de grande porte com alta importância cinegética e produtiva na Amazônia. O estudo foi realizado com 124 fetos doados voluntariamente por caçadores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã (n=64), na Amazônia brasileira, e do Rio Yavari Mirim (n=60), na Amazônia peruana. A morfologia fetal foi relacionada com o comprimento dos fetos através de regressões logísticas, utilizadas para estimar a probabilidade de presença dos caracteres morfológicos externos, e regressões lineares e não lineares, utilizadas para correlacionar as medidas biométricas externas e os volumes absoluto e relativo dos órgãos internos com o tamanho fetal. Além disso, a biometria dos discos placentários foi correlacionada com o comprimento fetal. O comprimento dos fetos apresentou uma média de 13,55±5,49 cm (amplitude: 3,8-24,6 cm). A presença de pálpebras foi observada em todos os fetos em diferentes estados de crescimento. Os fetos apresentaram uma probabilidade de 50% de possuir pelos tácteis ao comprimento de 4,2 cm, pele aos 6,3 cm, pintas epidérmicas aos 12,4 cm, pelos de cobertura aos 12,8 cm, erupção dentária dos incisivos aos 14,7 cm e abertura palpebral aos 17,5 cm. O modelo logístico foi o que melhor se ajustou à relação entre peso corporal e comprimento do feto, enquanto o logístico power foi o que melhor se ajustou à relação com o restante das medidas biométricas. Os melhores parâmetros biométricos correlacionados com comprimento fetal foram a circunferência abdominal (r²=0,95), a circunferência torácica (r²=0,94), comprimento femoral (r²=0,94), comprimento umeral (r²=0,94), comprimento do membro anterior (r²=0,94), comprimento do membro inferior (r²=0,94), peso (r²=0,93), distância biparietal (r²=0,93), circunferência cranial (r²=0,93), diâmetro torácico (r²=0,92), diâmetro abdominal (r²=0,91), e distância occipito-frontal (r²=0,90). Os melhores modelos encontrados para a volumetria dos órgãos foram o modelo power para os órgãos tubulares gastrointestinais (r²=0,85) e os rins (r²=0,82), o modelo logístico power para o timo (r²=0,83) e os pulmões (r²=0,81), o logístico para o coração (r²=0,80) e fígado (r²=0,79), e o exponencial modificado para o baço (r²=0,68). Quanto à volumetria relativa, somente o fígado e os órgãos tubulares gastrointestinais exibiram uma correlação significativa com comprimento fetal (r=0,73; r²=0,53 e r=-0,90; r²=0,82, respectivamente). O diâmetro médio do disco placentário foi correlacionado significativamente com o comprimento fetal (r²=0,60), enquanto a altura não mostrou nenhuma relação significativa. Os resultados deste estudo irão gerar a padronização das características e medidas morfológicas externa e interna ao longo do desenvolvimento fetal, auxiliando o diagnóstico gestacional por imagem, incluindo o diagnóstico teratológico, a estimativa da idade gestacional e a predição do parto.

MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2297518 - ANA SILVIA SARDINHA RIBEIRO
Externo à Instituição - DIVA ANELIE GUIMARÃES - UFPA
Presidente - 742.439.501-72 - PEDRO GINÉS MAYOR APARICIO - UNIBARCELONA
Interno - 388501 - WASHINGTON LUIZ ASSUNCAO PEREIRA
Interno - 748.420.568-00 - WILTER RICARDO RUSSIANO VICENTE - UNESP