UTILIZAÇÃO DA CASTANHA-DO-BRASIL (BERTHOLLETIA EXCELSA H.B.K.) NA CRIOPRESERVAÇÃO DO SÊMEN BOVINO.
Glicerol. Gema de ovo. Selênio. Antioxidante
Nos últimos 50 anos o glicerol e a gema de ovo têm sido os crioprotetores mais amplamente utilizados. Estes componentes são necessários para manter a capacidade de fertilização do espermatozoide durante o processo de congelação/descongelação. Entretanto, deve-se atentar para os diluentes que usam a gema de ovo integral, pois apresentam algumas desvantagens como à opacidade óptica, o prejuízo causado à respiração do espermatozoide e diminuição da motilidade, além do risco adicional de contaminação microbiana. A supressão de substâncias de origem animal em meios de conservação de sêmen tem sido sugerida, a fim de garantir a segurança sanitária nos processos biológicos, fazendo com que a procura por um substituto para a gema de ovo seja intensificada. Como alternativa para esta dificuldade, estipula-se o uso de produtos de origem vegetal que tenham, em sua composição, substâncias similares aos crioprotetores convencionais e sejam amplamente distribuídos na natureza, além de não causarem danos irreversíveis à célula. Neste contexto, a amêndoa da Castanha-do-pará/Brasil (Bertholletia excelsa H.B.K.), parece se enquadrar neste propósito, pois a mesma contém uma vasta porção lipídica e ácidos graxos poli-insaturados (oleico e linoleico) e os ácidos saturados. Seu arranjo possui ainda boa quantidade de aminoácidos essências, além de minerais como fósforo, zinco, potássio, cálcio e magnésio, além de se constituir em excelente fonte de selênio. Esse ultimo mineral é responsável por exercer ação antioxidante atuando no balanço redox celular, fazendo com que a castanha-do-brasil seja um verdadeiro tesouro quando se pensa em selênio.