Aprendizado de símbolos em primatas não-humanos: um conto de dois mundos
preferência alimentar, cognição, primatas Neotropicais, primatas do Velho Mundo
Desde os anos 50 até os dias mais atuais, os grandes primatas do Novo Mundo (Chimpanzés, Bonobos, Orangotangos e Gorilas) atraem o interesse de cientistas comportamentais em vários aspectos, entre eles, a capacidade de adquirir linguagem. Estudos pioneiros investigaram a capacidade de chimpanzés com a linguagem de sinais e, em um passado mais próximo, esses estudos se focaram no aprendizado de símbolos, principalmente por Chimpanzés e Bonobos. Nosso estudo investiga tal capacidade em uma espécie do Novo Mundo, à parte dos grandes primatas (Macaco Rhesus – Macaca mulatta) e outra do Velho Mundo (Macaco Prego – Sapajus apella), ambas conhecidas por suas notáveis capacidades cognitivas. O experimento consiste, de modo geral, em um teste inicial de preferência alimentar (M1), seguido por cinco testes computadorizados (TC) que visam relacionar estímulos de alimentos preferidos e menos preferidos à símbolos, e um teste manual final com alimentos e símbolos (M2). Atualmente, o projeto se encontra no estágio final de coleta de dados com os macacos Rhesus e estágio inicial com os macacos Prego, contando assim com resultados preliminares em que três indivíduos de macacos Rhesus alcançaram critério de 80% de acurácia ao relacionar os alimentos aos símbolos (e vice-versa) nos testes computadorizados, e um indivíduo escolheu o símbolo do alimento mais preferido em 70% das tentativas no último teste manual.