EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DE OVINOS MESTIÇOS SANTA INÊS EM CONFINAMENTO
eficiência de utilização, energia, estimativas de pesos, proteína metabolizável.
Objetivou-se determinar as exigências de energia e proteína para mantença e ganho em peso de ovinos Santa Inês cruzados em crescimento, adicionalmente, estimar o peso em jejum e o peso do corpo vazio dos animais em função do seu peso corporal alimentado. Foram utilizados dados de três experimentos de abate comparativo com ovinos machos, castrados, mestiços Santa Inês (n=150). O banco de dados possuía informações qualitativas: raça, sexo, status de castração, tratamento; e quantitativas: dias de confinamento, média de consumo de energia metabolizável (CEM) e nitrogênio, peso do corpo vazio (PCVZ) inicial e final, conteúdo do extrato etéreo (EE) e proteína bruta (PB) do PCVZ para cada animal. O banco de dados proporcionou variação no CEM, peso corporal (PC) e ganho médio diário em peso (GMD) permitindo o desenvolvimento de equações de regressão para predizer as exigências de energia e proteína metabolizável para mantença (EMm e PMm, respectivamente) e para crescimento. O ajuste de um modelo linear sem intercepto (AIC = -62,3) foi melhor para descrever a relação entre peso PC e peso do corpo em jejum (PCJ) em comparação aos modelos linear (AIC = -60,3) com intercepto e não linear (AIC = -60,3). A relação entre PCJ e PCVZ foi melhor descrita por um modelo não linear (AIC =12,5). A exigência de energia líquida de mantença (ELm) foi 70,44 kcal/kg PCVZ0,75/dia ou 59,37 kcal/kg PCJ0,75/dia. O valor correspondente à EMm foi 109,34 kcal/kg PCVZ0,75/dia, com eficiência de utilização da energia metabolizável para mantença (km) de 0,64. Para o cálculo de energia líquida de ganho (ELg) o modelo ajustado baseou-se na relação da energia retida em função do PCVZ e do ganho de peso de corpo vazio desejado. A eficiência de utilização de energia metabolizável para ganho (kg) foi 0,41. Para PMm estimou-se o valor de 2,60 g/kg PCVZ0,75/dia. A equação geral que estimou a proteína retida (PR) foi: PR=18,179xGPCVZ-0,005xER, sendo a eficiência de utilização da proteína metabolizável para ganho (k) variável conforme o peso. O valor de PMm foi próximo ao recomendado pelo AFRC (1993) e de EMm similar ao NRC (2007). As exigências líquidas por quilograma de ganho de peso de proteína diminuem e as de energia aumentam, com o aumento do peso corporal. As recomendações totais de energia e proteína metabolizável são inferiores ao indicado pelos comitês internacionais.