Helmintofauna do trato digestório de Ardea alba (Linnaeus, 1758) procedentes da região Metropolitana de Belém, Estado do Pará
Garça branca, Parasitologia, Helmintos, Taxonomia, Estado do Pará
Garça branca, Parasitologia, Helmintos, Taxonomia, Estado do Pará
A Ardea alba é uma ave migratória, conhecida vulgarmente no Brasil como garça-branca-grande, pertencente à ordem Pelecaniformes e Família Ardeidae. Vive geralmente solitária ou em pequenos grupos à beira de lagos, rios e pântanos, podendo, em alguns casos, formar agrupamentos de centenas de indivíduos. O presente estudo tem por objetivo investigar a helmintofauna parasita de trato digestório em aves do gênero Ardea de vida livre procedente da região Metropolitana de Belém - Pará. As amostras que comporá este estudo será de 13 espécimes de Ardea alba (garça-branca-grande). Os animais procederam de doações feitas no período compreendido entre agosto de 2016 a setembro de 2017, pelo Batalhão de Policiamento Ambiental e do Parque Mangal das Garças e Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves. Para cada espécime estudada será utilizada uma ficha de necropsia individual. Para a obtenção dos espécimes helmínticos os animais foram necropsiados no Laboratório de Patologia Animal (LABOPAT), do Instituto da Saúde e Produção Animal, da Universidade Federal Rural da Amazônia (ISPA/UFRA). A análise dos órgãos será realizada inicialmente in loco, onde será analisada a disposição dos helmintos em relação à posição anatômica dos órgãos e individualmente, quando cada órgão. A busca de helmintos (ovos, larvas e adultos) será realizada através da análise de tubo digestório e seu conteúdo, glândulas anexas ao sistema digestório, dissecado em placa de Petri, contendo água destilada, analisados macroscopicamente e microscopicamente através de estéreomicroscópio Olympus modelo CX21. Após a coleta, os helmintos, serão lavados em água destilada e fixados com solução fixadora AFA (2% de ácido acético glacial, 3% de formol a 37% e 95% de álcool etílico a 70%). O processamento geral dos parasitos ocorrerá de acordo com a sua posição taxonômica, segundo Amato et al. (1991) para posterior análise e identificação taxonômica. A análise morfométrica dos helmintos fixados, corados e clarificados será realizada após montagem provisória ou permanente, entre lâmina e lamínula. As observações ocorrerão por microscopia de campo claro, em microscópio Olympus BX41 com câmara clara, sem zoom e desenhados para obtenção dos dados morfométricos dos helmintos. Para a identificação de helmintos serão utilizados catálogos, chaves de identificação, livros e artigos científicos com descrições originais e redescrição de espécies. Amostras de helmintos colhidas serão fixados em AFA para microscopia eletrônica de varredura visando à descrição das características ultra-estruturais de superfície do helminto de acordo com a metodologia descrita por Santos et al. (2008). As análises ultra-estruturais serão realizadas nos microscópios eletrônicos de varredura LEO 1350, Laboratório de Microscopia Eletrônica do ISPA/UFRA. No estudo taxonômico, a análise de distribuição dos helmintos será utilizada, a média, a intensidade e a prevalência parasitária.