Avaliação espaço temporal de bovinos abatidos na região Oeste e Sudoeste do estado Pará
Carne, frigorífico, inspeção, pecuária
O Brasil se destaca no cenário mundial da carne bovina por apresentar o maior rebanho comercial e ser o maior exportador mundial deste tipo de carne no mundo. Portanto, um panorama de o abate bovino e das caraterísticas dos seus produtos em âmbito regional (espacial) e suas variações anuais (temporal) é ferramenta importante na transferência de informações para o gerenciamento, sustentabilidade e desenvolvimento da cadeia produtiva da carne bovina na região. A análise dos dados de um abatedouro frigorífico sob Sistema de Inspeção Federal (SIF) localizado na cidade de Santarém - PA, referentes ao período de janeiro de 2013 a dezembro de 2019, permitiu descrever as principais características das carcaças e dos seus não componentes de bovinos abatidos na região. Nesse contexto, o projeto intitulado Caracterização das carcaças bovinas produzidas na região Sudoeste e Oeste do estado do Pará visa mostrar a comunidade, especificamente os produtores de pecuária de corte, técnicos, indústrias e os órgãos envolvidos com a atividade, o tipo de carcaça produzida na região, o que irá gerar informações que nortearão os envolvidos em toda a cadeia produtiva a produzir uma carne de melhor qualidade, o que poderá possibilitar a conquista de novos mercados, alavancando assim o produto interno bruto da região por agregar valor à carne. Os municípios de Uruará, Placas e Rurópolis da região Sudoeste, e Santarém, Belterra e Monte Alegre da Oeste foram os que enviaram mais animais para o abate. O abate de fêmeas e machos foram próximos na região Oeste e oscilou na Sudoeste. O peso médio da carcaça de machos (236,86 kg) foi superior ao de fêmeas (201,29 kg) em todos os anos, contudo, houve evolução no peso da carcaça das fêmeas. O percentual de carcaças condenadas por classe sexual foi maior em fêmeas. As principais causas das condenações de carcaças na região Oeste foram por tuberculose, brucelose e icterícia, e na Sudoeste por contusão, tuberculose e brucelose.