Banca de DEFESA: DAYANA MESQUITA DA CONCEIÇÃO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DAYANA MESQUITA DA CONCEIÇÃO
DATA: 23/06/2017
HORA: 09:00
LOCAL: SALA 1 DA ZOOTECNIA BASICA
TÍTULO:

PRODUÇÃO DE PEQUENOS RUMINANTES NA REGIÃO NORDESTE DO ESTADO DO PARÁ: CARACTERÍSTICAS DA CRIAÇÃO  E CONTROLE DE VERMINOSE GASTROINTESTINAL


PALAVRAS-CHAVES:

anti-helmínticos; caprinos; ovinos; sistema de produção; vermifugação.


PÁGINAS: 81
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
RESUMO:

Na ovinocaprinocultura, tem-se a verminose gastrintestinal como principal entrave de ordem sanitária, limitante do desenvolvimento produtivo, e falhas no manejo são responsáveis pelo insucesso dos programas de controle da doença. Objetivou-se com esta pesquisa caracterizar o sistema de criação de ovinos e caprinos, bem como identificar o manejo de controle da verminose gastrintestinal no rebanho da região nordeste do estado do Pará. Foram realizadas visitas em dezoito propriedades, sendo seis no município de Igarapé –Açu, quatro no município de São Francisco do Pará, duas município de Maracanã e seis no município de Capanema, onde realizaram-se entrevistas através da aplicação de questionário, para levantamento de informações sobre o produtor, a propriedade, o rebanho, práticas de manejo e estratégias de controle de verminose. Realizou-se  coprocultura  para identificação  da  biota  prevalente  de  nematóides gastrintestinais em amostras fecais que apresentaram valores de OPG maior ou igual a 400. Verificou-se que a criação de ovinos e caprinos está presente predominantemente em pequenas propriedades da região, com efetivo ovino por criatório variável, sendo principalmente registrado rebanhos com 11 a 50 (29,41%) e 101 a 500 cabeças (29,41), formados por animais da raça Santa Inês (100%) e Dorper (41,18). O efetivo do rebanho caprino por criatório era predominatemente de 1 a 10 cabeças (83,33%), formado por animais mestiços ou SRD (85,71%). O sistema de produção mais utilizado era o semi-intensivo (77,78%), onde os animais eram criados principalmente para corte (77,78%), com destino tanto para o consumo próprio (38,89%), quanto para o comércio (38,89%). A maioria dos produtores tinham assistência técnica (55,56%), porém apenas 16,67% a recebiam de forma continuada. A escrituração zootécnica não era realizada por 61,11% e a escrituração contábil realizada por apenas 30,00% dos produtores. A maioria das propriedades apresentavam instalações próprias para ovinos e caprinos como aprisco (83,33%) e pedilúvio (55,56%), sendo a limpeza dos apriscos realizada diariamante e a desifecção esporadicamente por apenas 33,33% e 22,23% dos manejadores, respectivamente. A forma de pastejo contínuo era a mais utilizada (61,11%), com pastagem formadas principalmente por gramíneas do gênero Brachiaria, como a Brachiaria brizantha cv. Marandú (61,11%) e Brachiaria humidicola (50,00%). O uso de capineiras na suplementação alimentar foi registrado em 44,45% das propriedades e de banco de proteínas em apenas 11,11%. A suplementação com concentrado era realizada em 66,66% dos criatórios e o uso de sal mineral em 94,44% destes. Para controle da verminose gastrintestinal, a vermifugação era prática comum e único método utilizado nas propriedades (94,44%), realizada com base em calendário definido (64,71%) em todos os animais do rebanho (94,12%). Os vermífugos utilizados nos últimos anos pelos produtores foram a ivermectina (47,06%), o levamisol (35,29%), o albendazol (11,76%) e a doramectina (23,53%). A alternância entre os medicamentos era realizada somente por 41,18% dos produtores, sendo periodicamente (28,57%) ou ao término de cada vermífugo (28,57%). O critério de escolha dos medicamentos era realizado principalmente por recomendações de vendedores (35,29%) e a determinação das dosagens a partir do tamanho do animal (88,24%). A maioria dos produtores relataram que tinham conhecimento sobre resistência anti-helmíntica (66,67%). Os resultados coproparasitológicos indicaram presença de larvas de nematóides do gênero Haemonchus spp. e Trichostrongylus spp. e Oesophagostomum spp., sendo o Haemonchus spp. foi o mais prevalente (67,65%). Práticas de manejo eficiente, controle zootécnico e acompanhamento de assistência técnica efetivo que difunda conhecimento sobre medidas de controle da verminose gastrintestinal, não apenas por meio do uso exclusivo de anti-helmínticos, além de possibilitar a eficácia e a sustentabilidade no controle parasitário, podem representar reflexos na produtividade capazes de elevar as perspectivas de rentabilidade dos produtores com a criação de pequenos ruminantes.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2313941 - ELANE GUERREIRO GIESE
Externo ao Programa - 1717362 - FELIPE NOGUEIRA DOMINGUES
Presidente - 388450 - LUIZ FERNANDO DE SOUZA RODRIGUES
Interno - 388484 - RAIMUNDO NONATO MORAES BENIGNO
Notícia cadastrada em: 01/06/2017 11:55
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