Dinâmica do desflorestamento e caracterização da paisagem em áreas protegidas
localizadas em região de intensa pressão antrópica
Ecologia de paisagem, Métricas de paisagem e PRODES.
As áreas protegidas são assim definidas de acordo com os fatores bióticos e abióticos, bem como, a sua
importância socioeconômica e cultural. O manejo destas áreas deve ser realizado de maneira diferenciada,
seguindo a legislação específica para áreas protegidas. Nos últimos anos estas áreas vêm se tornando cada
vez mais expostas a fatores externos, principalmente quando localizadas em região de intensa pressão
antrópica. Mediante a isto, definiu-se para a área de estudo deste trabalho a APA Triunfo do Xingu (APA-
TX) e a ESEC Terra do Meio (ESEC-TM), áreas protegidas de uso sustentável e proteção integral,
respectivamente. As questões científicas estabelecidas foram de que: Áreas protegidas inseridas em um
contexto de intensa pressão antrópica, quando comparadas com áreas não protegidas, conseguem cumprir
o que está proposto na legislação sobre conter o crescimento do desflorestamento (Q1)? Estas são
eficientes para garantir o uso sustentável e preservação dos recursos naturais (Q2)? As hipóteses
estabelecidas foram de que o desflorestamento é intenso em áreas protegidas localizadas em região de
intensa pressão antrópica e nestas regiões a dinâmica do desflorestamento não difere muito entre áreas
protegidas e não protegidas, logo, não atendem o objetivo proposto na legislação (H1). Áreas protegidas
em geral acabam tornando-se expostas a pressão antrópica comprometendo o uso sustentável e a
preservação de seus recursos naturais (H2). Para atender a questão científica e as hipóteses estabelecidas,
o objetivo desta pesquisa foi avaliar a dinâmica do desflorestamento e caracterizar a paisagem da APA-
TX e ESEC-TM entre os anos 2005 e 2018 onde utilizou-se dados do mapeamento do PRODES e a
técnica de métricas de paisagem. A partir dos resultados pode-se concluir que a dinâmica do
desflorestamento e a caracterização da APA-TX e ESEC-TM confirmaram em parte as duas hipóteses que
tratam sobre o desflorestamento ocorrer de forma crítica em áreas protegidas localizadas em região de
intensa pressão antrópica, deste modo, a preservação de seus recursos naturais se torna comprometida
nestas áreas.