Banca de DEFESA: SOANY ELEN PALHETA DA CONCEICAO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SOANY ELEN PALHETA DA CONCEICAO
DATA : 28/02/2025
HORA: 10:00
LOCAL: INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
TÍTULO:

INTENSIDADE DE AMOSTRAGEM, TAMANHO E FORMATO IDEAL DE PARCELA PARA AVALIAÇÃO DA DINÂMICA DO CRESCIMENTO FLORESTAL


PALAVRAS-CHAVES:

inventário florestal, parcelas permanentes, incremento periódico anual.


PÁGINAS: 25
RESUMO:

O inventário florestal é a ferramenta indispensável para quantificar e qualificar o potencial de uma floresta, fornecendo dados fundamentais para o entendimento da sucessão florestal. No planejamento florestal, se faz necessário definir a intensidade de amostragem, o tamanho e o formato das parcelas, a fim de minimizar custos. Com intuito de responder qual intensidade de amostragem, tamanho e forma de parcelas influenciam no crescimento florestal, o objetivo deste estudo é testar a intensidade de amostragem, tamanho e formato de parcelas em uma área experimental na Floresta Nacional do Tapajós, Pará. Em 1979, foi realizada uma exploração na área e após esse momento, em 1981 o monitoramento do crescimento da floresta teve início, por meio de inventário florestal contínuo utilizando parcelas permanentes (PPs). Foram instaladas, aleatoriamente, 36 PPs de 50 x 50 m (0,25 ha) na área experimental do km 67. Cada parcela foi subdivida em unidades menores para facilitar a localização e monitoramento da floresta. As PPs foram remedidas nos anos de 1982, 1983, 1985, 1987, 1992, 1997, 2007 e 2012, 2014 e 2015. As árvores com DAP ≥5 cm foram mensuradas e anotado nome vulgar, classe de identificação do fuste (CIF) e situação silvicultural. A identificação das espécies foi feita em campo por parabotânicos da Embrapa e, quando necessário, no Herbário da Embrapa Amazônia Oriental a partir de material botânico coletado. Para avaliação da dinâmica da floresta, a mortalidade, o recrutamento e o número de arvores sobreviventes foram analisados ao longo do tempo, após a exploração. O recrutamento foi considerado o número de indivíduos que atingiram ou ultrapassarem o diâmetro mínimo de 5 cm. Na mortalidade, considerou-se o número de indivíduos enumerados como mortos entre duas medições subsequentes. As árvores sobreviventes foram todas que permaneceram no decorrer dos anos. O incremento periódico anual (IPA) médio também foi analisado entre os anos, bem como a frequência absoluta e relativa e para análise das distribuições diamétricas, foram estabelecidas classes de diâmetros com a amplitude de 10,0 cm. Para responder à questão cientifica, simulações serão feitas de tamanhos e formatos de parcelas, com utilização dos softwares QGIS e R. Os resultados parciais mostram que na 2ª medição (1982), haviam 2 árvores mortas e no decorrer dos anos esse número aumentou substancialmente, até chegar na última medição (2015) com 829 árvores mortas. O recrutamento de indivíduos foi maior nos dois primeiros anos (1981-1982) com 1.603 e 822 indivíduos. Após isso, foi diminuindo e no período (2012-2014) houve um ganho de 794 recrutas, com média de 397 indivíduos no período de 2 anos. No ano seguinte (2015), o recrutamento diminuiu para 239 indivíduos. A sobrevivência das árvores o segundo ano (1982) somou 9.782 indivíduos. No decorrer dos anos esse valor foi oscilando e no período de 1997-2007 (dez anos de diferença), a média do número de sobreviventes por ano foi de 669 indivíduos. Todavia, no último ano (2015), houve um salto de árvores sobreviventes, totalizando 9.837 indivíduos. O IPA médio de 1982 foi maior (0,45), diminuindo nos outros anos e aumentando no ano de 2014 e 2015, com 0,27 e 0,29 respectivamente. A frequência absoluta por hectare foi maior no ano de 1992, com 1.240 indivíduos, já nos anos 2012, 2014 e 2015 as frequências absolutas foram 1.143, 1.149 e 1.096 respectivamente. As frequências relativas foram maiores nas primeiras classes. A distribuição diamétrica se comportou de forma decrescente, sendo comum em florestas tropicais. Espera-se que com os resultados das simulações dos tamanhos e formas de parcelas, o presente estudo possa indicar a situação que melhor avalia a dinâmica florestal. Os resultados parciais mostram que a floresta está conseguindo se reestabelecer após uma exploração. Apesar das oscilações das variáveis no decorrer dos anos, verifica-se que a floresta responde de forma positiva, através de seu crescimento, mostrando assim, sua resiliência frente às ações antrópicas e eventos climáticos. Isso enfatiza a importância dos estudos relacionados à dinâmica, crescimento e intensidade de amostragem.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 3032686 - SILVANE VATRAZ BORGES - UFRAExterno à Instituição - KLEWTON ADRIANO OLIVEIRA PINHEIRO - IFPA
Externo à Instituição - RODRIGO ANTÔNIO PEREIRA JUNIOR - IFPA
Notícia cadastrada em: 25/02/2025 08:39
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação - (91) 3210-5208 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa2.sigaa2