SUPRIMENTO DE POTÁSSIO COMO MITIGADOR NOS EFEITOS DO DÉFICIT HÍDRICO EM ESPÉCIES FLORESTAIS AMAZÔNICAS
Mudanças climáticas. Parâmetros fisiológicos. Ecofisiologia. Nutrição florestal.
O aumento da mortalidade de árvores devido aos eventos extremos de secas extremas na Amazônia tem causado uma significativa degradação florestal e redução dos estoques de carbono. A capacidade das plantas resistirem ao estresse hídrico está principalmente ligada aos traços funcionais hidráulicos, como a margem de segurança hídrica. Contudo, alguns estudos sugerem que os nutrientes presentes no solo podem exercer um papel de modulador das respostas das plantas ao estresse hídrico. O objetivo desta pesquisa foi avaliar as respostas morfológicas e anatômicas de mudas de espécies arbóreas nativas da Amazônia (jatobá e fava orelha) que foram submetidas à adubação potássica (K) e à restrição hídrica. O delineamento utilizado foi um fatorial 2 X 2 X 4, duas espécies, duas condições hídricas (com e sem déficit hídrico), 4 doses de K (0, 50, 100 e 200 mg/dm 3), totalizando 16 tratamentos com 12 repetições (192 plantas). A cada quinze dias, são avaliados: altura, diâmetro do coleto, e número de folhas. A altura média das plantas aos 6 meses (agosto de 2023) foi de 40,5 cm para fava-orelha e de 70,9 cm para jatobá, e o uso de água era de 366 ml/24h para fava orelha e de 726 ml/24h para jatobá. No fim de agosto de 2023 foi iniciado o déficit hídrico de 50%. Os resultados preliminares indicaram para as duas espécies maiores alturas, diâmetro, e número de folhas e para os tratamentos com suprimento de K em relação ao controle. Ao final do experimento será avaliado adicionalmente as variáveis fisiológicas, a biomassa, e o teor de K nas folhas. Os resultados desta pesquisa permitirão uma compreensão mais aprofundada sobre como a disponibilidade de potássio no solo pode influenciar a resistência à seca em espécies de árvores nativas da Amazônia.