ALTERAÇÃO DO DOSSEL FLORESTAL E QUALIDADE DA EXPLORAÇÃO, A PARTIR DE IMAGENS ORBITAIS NO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS-PA
Floresta Amazônica; Qualidade da Exploração-QE; Geoprocessamento; Spectral Misture Analysis-SMA; Índice Normalizado de Diferença de Fração-NDFI.
As florestas tropicais, como a floresta amazônica, têm fundamental participação na estabilidade dos ambientes locais, principalmente, pela oferta de serviços e produtos. Por isso, passou a ser visionada como fonte inesgotável de recursos florestais, dentre os quais, está o produto madeireiro. Nesse contexto, problemas ambientais passaram a ter maior atenção dos órgãos públicos, ligados ao monitoramento desses recursos, diante disso, as ferramentas de geoprocessamento e sensoriamento remoto são fortes aliadas à maximização dessas operações. Esse cenário, leva ao objetivo deste estudo, que é, avaliar a intensidade das alterações no dossel florestal e qualidade da exploração, por meio do Spectral Misture Analysis-SMA e Índice Normalizado de Diferença de Fração-NDFI. O estudo foi conduzido no município de Paragominas-Pa em três áreas selecionadas no banco de dados da SEMAS-Pa, a avalição ocorreu durante a exploração madeireira. Como primeiro passo, a imagem passou pelo pré-processamento, para posterior aplicação do SMA. Na aplicação do SMA gerou-se quatro frações de abundância, dos quais, foram subsídios fundamentais para identificação da exploração, em seguida, foi utilizado o NDFI, para determinar a Qualidade da Exploração-QE. Os resultados revelaram diferenças significativas, nas três áreas, ao observar a comparação das quatro frações e no valor de NDFI, o que não traduziu, diferenças quanto a variável QE, pois as áreas, apresentaram mesmo intervalor de qualidade da exploração, conforme os intervalos propostos pela SEMAS, (2015), indicando baixa intensidade de impactos sobre o dossel florestal. Por fim, apesar de estatisticamente diferentes, com expressivas concentrações das abundâncias de solo e vegetação seca, não ocorreu diferenciação na variável QE, ou seja, todas as áreas têm NDFI baixo e, consecutivamente, mínimas alterações florestais.