Banca de DEFESA: TATIANA DA CUNHA CASTRO
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.DISCENTE: TATIANA DA CUNHA CASTRO
DATA: 20/07/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Embrapa Amazônia Oriental
TÍTULO:
Crescimento e Produção de uma floresta após a colheita de madeira e a aplicação de tratamentos silviculturais na Floresta Nacional do Tapajós
PALAVRAS-CHAVES:
Censo florestal; Erro amostral; Incremento diâmétrico; Estoque volumétrico; Ciclo de corte; Manejo de florestas naturais.
PÁGINAS: 62
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Recursos Florestais e Engenharia Florestal
SUBÁREA: Manejo Florestal
ESPECIALIDADE: Dendrometria e Inventário Florestal
RESUMO:
Na presente pesquisa avaliou-se a eficiência da amostragem com parcelas permanentes, o efeito da exploração florestal e dos tratamentos silviculturais sobre o incremento diamétrico e o potencial madeireiro de uma área manejada na Floresta Nacional do Tapajós, município de Belterra, Pará. A área experimental (144 ha) foi explorada em 1982, de onde foram extraídas em média 12 árvores ha-1 e um volume médio de 90 m³ ha-1. Foram realizados dois inventários a 100% de intensidade, sendo um em 1981 (antes da exploração) medindo as árvores com DAP ≥ 45 cm e outro em 2014 (32 anos após a exploração), incluindo árvores com DAP ≥ 25 cm. Na área foram estabelecidas 48 parcelas permanentes de 50 m x 50 m (amostra total de 12 ha) e testados quatro tratamentos. Cada tratamento foi constituído por 12 parcelas permanentes. Os tratamentos consistiram em: T1- colheita de árvores com DAP ≥ 45 cm de 38 espécies comerciais, sem intervenção posterior. T2- colheita de árvores com DAP ≥ 55 cm + a anelagem de árvores de espécies não comerciais até atingir 20% da área basal original; T3- colheita de árvores com DAP ≥ 55 cm + anelagem até atingir 40% da área basal original. T4- colheita de árvores com DAP ≥ 55 cm + anelagem até atingir 60% da área basal original. Foram realizadas oitomedições nas parcelas, considerando as árvores com DAP ≥ 5 cm. A eficiência da amostragem foi testada para abundância e área basal, por meio do erro real relativo, erro de amostragem e pela intensidade amostral para diferentes categorias de diâmetro mínimo de inclusão dos inventários. O incremento periódico anual em diâmetro (IPAd) foi calculado para árvores com DAP ≥ 5 cm, considerando todas as espécies, assim como para o grupo das espécies colhidas e grupo das comerciais em Santarém, para oito períodos de avaliação. A produção da floresta foi avaliada por meio da análise comparativa entre os censos de 1981 e 2014. Essa análise foi feita para a abundância, área basal, volume e distribuição diamétrica das árvores, considerando a comunidade arbórea e o grupo formado pelas espécies colhidas na área. Para determinar o potencial madeireiro atual da floresta, as espécies foram agrupadas de acordo com o uso comercial de sua madeira na região de Santarém, sendo analisado para cada grupo, a riqueza, abundância, área basal e volume das árvores com Dap ≥ 25 cm. O estoque de madeira disponível para a próxima colheita foi determinado a partir dos dados do censo de 2014, considerando árvores com DAP ≥ 50 cm, adotando os critérios estabelecidos no Art.8º da Instrução Normativa Nº 5 de 2006 do MMA e a Instrução Normativa Nº 1, de 12 de fevereiro de 2015. Os resultados indicam que a área experimental, estima com precisão as variáveis estruturais da floresta quando se considera um diâmetro mínimo de inclusão no intervalo de 5-25cm, podendo ser usada com confiabilidade para fins de estudos similares. A exploração florestal e os tratamentos silviculturais estimularam o crescimento diamétrico da floresta, das espécies colhidas e comerciais, porém esse efeito benéfico diminuiu com o progressivo fechamento do dossel. Um ciclo de 32 anos não foi suficiente para a floresta recuperar seu estoque original, considerando a intensidade de exploração aplicada na área, apenas cinco das 36 espécies que tiveram a madeira colhida recuperaram o estoque original; a floresta tem estoque volumétrico disponível para uma segunda colheita em conformidade com as normativas legais da política florestal brasileira, sendo esse estoque formado principalmente por espécies que não eram comerciais na época do primeiro corte.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 745.945.679-91 - ADEMIR ROBERTO RUSCHEL - EMBRAPA
Externo ao Programa - 259.355.262-04 - EDSON MARCOS LEAL SOARES RAMOS - UFRA
Presidente - 186.346.999-00 - JOAO OLEGARIO PEREIRA DE CARVALHO - UFRA
Interno - 142.060.489-91 - JOSE NATALINO MACEDO SILVA - Oxford
Externo à Instituição - ROBERTA DE FÁTIMA RODRIGUES COELHO - CEFET/PA