Banca de DEFESA: LARISSA MELO DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LARISSA MELO DE SOUSA
DATA : 10/02/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Sala virtual no google meet
TÍTULO:

SISTEMAS AGROFLORESTAIS: UMA ABORDAGEM SOBRE MUDANÇAS DE USO E COBERTURA DO SOLO E ESTIMATIVA DE CARBONO, NO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇÚ, PARÁ

PALAVRAS-CHAVES:

Classificação, Desmatamento, Biomassa acima do solo, Sensoriamento remoto, Amazônia.

 

PÁGINAS: 95
RESUMO:

As mudanças no uso e cobertura da terra apresentam-se como uma das principais causas para as mudanças climáticas. Estudos visam encontrar sistemas de produção sustentáveis, como os SAFs que estão sendo difundidos como uma proposta de substituição das áreas desflorestadas. O estudo da estimativa de biomassa em SAF resultantes de mudanças de uso e cobertura da terra é relevante para reduzir as incertezas quanto às estimativas das emissões e remoções de carbono e compreender como atuam nos processos ambientais. Este trabalho tem como objetivo estimar o estoque de carbono na biomassa acima do solo em SAFs resultantes de mudanças de uso e cobertura da terra, no município de Tomé-Açú, Pará. Foram realizadas a interpretação e classificação das imagens através da discriminação de classes. Os polígonos foram classificados 6 faixas de tamanho das áreas. Realizou-se a edição dos resultados do mapeamento e a elaboração cartas temáticas. Foram quantificadas e mapeadas classes de uso e cobertura da terra baseada na interpretação visual, aplicação do Random Forest, quantificação de área para comparações entre os mapeamentos dos anos de 1990, 2000, 2010 e 2018. Adicionalmente realizou-se um inventário em SAFs, foram realizadas análises de regressão entre os dados de biomassa do inventário e de SR, seguidos de espacialização da biomassa para os SAFs. Para o período entre 1985 e 2018, a expansão do desmatamento acarretou uma perda de floresta de aproximadamente 298 mil ha, sendo 57% da área do município. Em todos os anos foram observados valores elevados de polígonos no intervalo <6,25 ha e reduzido valor no intervalo>50 ha. Os pequenos fragmentos (<6,25 ha) respondiam por 15% de todo o desmatamento, enquanto os grandes (> 50 ha) respondiam por 45%. A classe SAF1 foi observada que se teve um leve crescimento com 7.049ha (1,4%) em 1990, para o ano de 2018 apresentou 9.148ha (1,8%). A classe SAF2 teve sua área reduzida progressivamente de 16.803ha (3,3%) em 1990, para 10.508ha (2%) em 2018. Para todos os períodos as classes SAF 1 e SAF 2 apresentaram persistência menor que 8%. Tanto para o SAF 1 quanto para o SAF 2 grande parte do incremento se deu pelo avanço sobre as áreas de vs, floresta e pasto. As três equações resultantes das análises de regressões dos dados de SR com inventário apresentaram a mesma tendência.  O valor total do estoque de carbono em SAFs de Tomé-açu foi de 41.982,52 MgC para NDWI, 42.534,28 MgC para TSAVI x NDWI e 43.094,75 MgC para B5 x NDWI. Conclui-se que o período analisado apresentou diferenças tanto na análise temporal, quanto aos padrões de distribuição do desmatamento, indicando uma forte potencialidade futura à perda de floresta. A classificação de imagens através do GEE se mostrou valida para monitoramento das mudanças ocorridas em classes de uso e cobertura inclusive de SAFs. As respostas espectrais dos SAFs seguem padrões diferenciados dos demais tipos de vegetações e são alterados de acordo com a variação de biomassa. O índice de vegetação NDWI apresentou maior eficiência na predição de biomassa acima do solo de SAFs.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ALINE MARIA MEIGUINS DE LIMA - UFPA
Externa à Instituição - DÉBORA VEIGA DE ARAGÃO - EMBRAPA
Interno - 388426 - FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
Interno - 2315025 - HASSAN CAMIL DAVID
Presidente - 899.850.369-72 - MARCOS ADAMI - INPE