DINÂMICA DA DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA DE TRÊS ESPÉCIES ARBÓREAS EM UMA ÁREA MANEJADA NA FLONA DO TAPAJÓS
Manejo de florestas naturais; Função Weibull; Hymenaea courbaril; Goupia glabra; Caryocar glabrum.
Para planejar de forma eficiente o manejo e a conservação da flora nativa na Amazônia, é indispensável conhecer a composição das espécies vegetais e a distribuição de seus indivíduos. A análise da distribuição dos indivíduos em classes de diâmetro é uma ferramenta que pode ser utilizada para inferir sobre o passado e o futuro das comunidades vegetais. Neste trabalho foram utilizados dados de inventário florestal contínuo, coletados no período de 31 anos em parcelas permanentes, e dados de dois inventários florestais a 100% de intensidade, realizados com intervalo de 33 anos estre eles, com o intuito de analisar as distribuições diamétricas das espécies Hymenaea courbaril L., Goupia glabra Aubl, e Caryocar glabrum (Aubl.) Pers., após extração da madeira e aplicação de tratamentos silviculturais. Para analisar as distribuições diamétricas dos números de indivíduos das espécies, foram estabelecidas classes de diâmetros com a amplitude de 10,0 cm. A função de densidade de probabilidade (fdp) de Weibull de três parâmetros (3P) foi utilizada para projetar a distribuição diamétrica, por ser um dos modelos de distribuição mais populares em estudos florestais. A aderência dos dados à distribuição Weibull 3P foi avaliada por meio do teste Kolmogorov-Smirnov (KS). Foi utilizado também o teste de Kruskal-Wallis para verificar a diferença de DAP entre os anos estudados. Como resultado ocorreu aderência dos valores estimados pelas funções Weibull 3P para as três espécies analisadas, ou seja, as frequências esperadas e observadas foram similares do ponto de vista estatístico. Constatou-se que, aos 33 anos após a exploração, as três espécies avaliadas mostraram distribuição diamétrica tendenciando à exponencial negativa (J-invertido), demonstrando que as três espécies poderão participar de sistemas de manejo florestal policíclico.