IMPACTO DA OCORRÊNCIA DE OCO NO RENDIMENTO VOLUMÉTRICO E FINANCEIRO DA COLHEITA DE MADEIRA NA FLORESTA NACIONAL DE SARACÁ-TAQUERA, PARÁ
Rendimento volumétrico, Defeitos, Exploração florestal, Amazônia brasileira
Árvores ocas ocorrem devido a ação de cupins subterrâneos. O oco pode ocorrer desde a base da árvore, prolongando-se por toda sua extensão. Devido a isso há perda de volume na colheita florestal. O objetivo deste trabalho foi determinar a proporção de árvores com oco por espécie e classes de diâmetro em duas Unidades de Produção Anual (UPA 5/2106 – UMF II e UPA 2/2016 – UMF 1A) e determinar perda de rendimento volumétrico devido à ocorrência de ocos por espécie. A área de estudo localiza-se na Floresta Nacional de Saracá-Taquera, Estado do Pará. Na UPA 5/2016, verificou-se que do total de árvores selecionadas para a colheita florestal, 1.175 encontravam-se ocas, e não puderam ser exploradas. A espécie Manilkara huberi (Maçaranduba) com 784 indivíduos selecionados para o corte (6.449,448 m³), concentrou o maior número de indivíduos ocos nas classes diamétricas 75|-85, 85|-95 e 95|-105, com 157, 193 e 305 árvores, respectivamente. Já nas classes superiores, a quantidade de árvores ocas foi menor. Entre todas as espécies selecionadas para o corte, esta espécie representou o maior número de árvores com ocos com 308 indivíduos (251,533 m³). Do total de árvores de todas as espécies selecionadas para a colheita na UPA 5 (3.191), 53,54% estavam ocas. Isso gerou uma perda de rendimento volumétrico de 21,24%. Na UPA 2/2016, o maior número de árvores com ocos ocorreu com Mezilaurus itauba (Itaúba), com 156 indivíduos. Do total de árvores a explorar (4.823) de todas as espécies, 31,79 % estavam ocas, indicando, portanto, a perda de rendimento volumétrico de 58,69%.