COMPONENTES ECOFISIOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS EM MUDAS DE CASTANHEIRA-DO-BRASIL SOB DIFERENTES NÍVEIS DE ALUMÍNIO
Fitotoxidez. Solos ácidos. Metabolismo. Trocas gasosas.
A maioria dos solos brasileiros possuem características ácidas, nos quais o alumínio tóxico se faz presente prejudicando a produtividade de diversas espécies. Entretanto, é possível observar que algumas destas espécies possuem mecanismos que tornam sua adaptação mais eficaz nesse tipo de ambiente. Assim, com o objetivo de avaliar as características fisiológicas e bioquímicas em mudas de Berthollethia excelsa Bonpl. sob diferentes níveis de alumínio, foi realizado, em casa de vegetação localizada na Universidade Federal Rural da Amazônia, o experimento em solução nutritiva, utilizando-se como tratamentos, cinco doses de cloreto de alumínio hexahidratado (0 mg L-1, 20 mg L-1, 40 mg L-1, 60 mg L-1 e 80 mg L-1 de Al+3) em oito repetições cada. Possivelmente, as mudas demonstrarão fitotoxidade em 80 mg L-1 de Al+3, sendo este elemento nocivo às trocas gasosas, possivelmente pela deficiência realizada nas raízes, provocando a redução de absorção de água e nutrientes e, consequentemente o fechamento dos estômatos. Além disso, as variáveis bioquímicas poderão sofrer descréscimos na maior dosagem, pois a redução da absorção de nitrato afetará a formação de aminoácidos e proteínas. Todavia, os osmorreguladores prolina e glicina-betaína, terão papel fundamental na adaptação desta espécie quando submetida ao estresse por alumínio. Portanto, a castanheira-do-brasil, por ter excelente adaptação em solos ácidos, poderá demosntrar resistência às dosagens de alumínio submetidas, mesmo tendo redução nas variáveis analisadas, tornando-se essencial em pesquisas envolvendo o melhoramento de espécies para garantir a produtividade neste tipo de ambiente.