EFEITO DE TRATAMENTOS SILVICULTURAIS SOBRE O CRESCIMENTO DE 56 ESPÉCIES ARBÓREAS EM UMA FLORESTA DENSA NA AMAZÔNIA ORIENTAL
incremento diamétrico; corte de cipós; anelagem de árvores.
O conhecimento das características específicas de cada espécie arbórea é necessário para tomar decisões sobre a necessidade de aplicar tratamentos silviculturais para o seu favorecimento adequado. Com o intuito de ampliar o conhecimento quanto ao efeito de tratamentos silviculturais sobre espécies arbóreas, visando obter informações que possam contribuir para melhorar o manejo florestal na Amazônia, no presente estudo avaliou-se o crescimento de 56 espécies de importância ecológica nas florestas densas da Amazônia. O estudo foi realizado na Unidade de Manejo Florestal Fazenda Rio Capim, pertencente ao Grupo Keilla Florestal (CIKEL), localizada no município de Paragominas, Amazônia brasileira. A área experimental é constituída de 700 ha, distribuídos em 14 Unidades de Trabalho. Da área total foram explorados 600 hectares em 2004 e 100 hectares foram deixados intactos. Na área explorada foram aplicados tratamentos silviculturais em 2005, ano seguinte à exploração, consistindo em corte de cipós e refinamento por meio do anelamento de árvores. Para as análises estatísticas foram verificados pressupostos da análise de variância (ANOVA), sendo estes: a) normalidade com o teste de Shapiro-Wilk (p > 0,05) e visualização com o gráfico Q-Q plot, e b) homocedasticidade pelo teste de Bartlett (p > 0,05). Uma vez não atendidos esses pressupostos, os dados foram analisados utilizando análise de medidas repetidas no tempo (ANOVA) não paramétrica por meio do teste de Kruskall-Wallis (p < 0,05) e após significância, as medidas foram comparadas pelo teste de Dunn (p < 0,05). Os gráficos foram gerados por meio do pacote “ggplot2”, e as análises estatísticas e os resultados pelo pacote “AgroR”. Todas as análises estatísticas foram realizadas no programa R versão 4.2.1, ao nível de p < 0,05 de significância. Houve efeito significativo (p = 0,001), tanto do período como dos tratamentos silviculturais no grupo das 56 espécies. Considerando o grupo de 56 espécies, todos os tratamentos apresentaram maior IPA, dois anos após a aplicação de tratamentos silviculturais. O T1 apresentou maior média de IPA, um ano (0,48 cm ano-1), dois anos (0,62 cm ano-1) e quatro anos (0,52 cm ano-1) após a aplicação dos tratamentos silviculturais, diferindo significativamente dos tratamentos T3 e T4 (p = 0,001).