PPGCF PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS ICA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Téléphone/Extension: Indisponible

Banca de DEFESA: LARISSA CORRÊA LOPES QUADROS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LARISSA CORRÊA LOPES QUADROS
DATA: 18/08/2017
HORA: 14:00
LOCAL: ICA/FLORESTA SALA 01
TÍTULO:

PROGNOSE DA DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA E CICLO DE CORTE DE ESPÉCIES ARBÓREAS DE UMA FLORESTA TROPICAL DE TERRA FIRME  


PALAVRAS-CHAVES:

prognose, distribuição diamétrica, ciclo de corte, matriz de transição, razão de movimentação. 


PÁGINAS: 35
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Recursos Florestais e Engenharia Florestal
RESUMO:

A legislação ambiental brasileira estabelece um ciclo de corte inicial de 35 anos para intensidade de corte de 30m³/ha e diâmetro mínimo de corte (DMC) de 50 cm para todas as espécies que não possuem DMC específico. Com isso, pesquisas são necessárias para subsidiar os silvicultores à explorarem a floresta com melhor aproveitamento, em que pode-se ter um ciclo de corte menor ou maior do que estabelecido em lei. Para auxiliar as pesquisas pode-se, analisando a distribuição diamétrica, agrupar as espécies de acordo com as suas características em relação ao crescimento diamétrico, determinando grupos funcionais ou ecológicos. Com isso, essa Tese tem por objetivo geral definir o ciclo de corte para espécies arbóreas comerciais divididas em grupos ecológicos em uma floresta tropical de terra firme, empregando os modelos da Matriz de Transição e Razão de Movimentação. Os resultados devem responder ao problema: qual o ciclo de corte das espécies arbóreas exploradas em uma floresta tropical de terra firme? O trabalho está dividido em três perguntas específicas, em que cada uma possui uma hipótese: 1) pergunta: é possível detectar grupos ecológicos a partir da análise da distribuição diamétrica? Hipótese: pode-se dividir as espécies arbóreas em grupos ecológicos após análise da distribuição diamétrica; 2) pergunta: qual modelo possui maior acuracidade por grupos ecológicos para prognose do crescimento diamétrico em uma Floresta Tropical de Terra Firme? Hipótese: um modelo em que os dados estimados se aproximem ao máximo dos valores reais será o mais indicado para prognose em uma Floresta Tropical de Terra Firme; 3) pergunta: o ciclo de corte estabelecido na legislação ambiental é compatível com a recuperação e crescimento das espécies arbóreas? Hipótese: espécies com crescimento rápido recuperam o estoque explorado dentro do ciclo de corte até 35 anos ou menos e espécies com crescimento lento não recuperam. O experimento foi conduzido em 200 ha de uma floresta tropical de terra firme, no campo experimental da EMBRAPA, em Moju, estado do Pará, onde houve exploração seletiva em outubro de 1997. Foram selecionadas 9 clareiras, em torno das quais foram instaladas parcelas amostrais 10m x 50m, da bordadura da clareira para dentro da floresta, nas direções norte, sul, leste e oeste, onde foram medidos todos os indivíduos com DAP ≥ 5 cm. Os dados foram coletados no período de 1998 a 2010 totalizando 12 anos de monitoramento. A prognose foi realizada com base nos dados obtidos em 1998 e 2001, para os modelos Matriz de Transição e Razão de Movimentação. A eficiência das projeções foi verificada com base nos valores observados, por meio do teste de Kolgomorov- Smirnov. Por fim a partir da metodologia de maior acuracidade, foi realizada a prognose da espécies comerciais divididas em grupos ecológicos para o ano de 2028, e assim verificar qual o ciclo de corte ideal. Comprovou-se que a distribuição diamétrica pode ser utilizada para classificar as espécies em grupos. A análise discriminante mostrou que 92,4% das espécies foram corretamente classificadas. As projeções realizadas pelos 2 métodos não apresentaram diferença significativa entre os valores reais e projetados. Com base nos resultados recomenda-se o método Matriz de Transição para a prognose da distribuição diamétrica para os indivíduos que pertencem ao grupo das espécies tolerantes e intermediárias e indica-se utilizar os dois para as espécies intolerantes.Verificou-se que as espécies tolerantes e intolerantes recuperaram o estoque colhido em um período de 16 anos, indo de encontro à hipótese sobre as espécies com crescimento lento não recuperarem seu volume em 27 anos. As espécies intermediárias apresentaram um ciclo de corte de 22 anos, 5 anos a menos do estipulado em lei. Para a exploração florestal é necessário que as espécies sejam classificadas conforme suas demandas ecofisiológicas e se estabeleça um Ciclo de Corte compatível com a recuperação do volume extraído de cada grupo, garantindo a sustentabilidade ambiental e financeira da atividade.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALESSANDRO SILVA DO ROSÁRIO - MPEG
Interno - 388426 - FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
Presidente - 186.346.999-00 - JOAO OLEGARIO PEREIRA DE CARVALHO - UFRA
Interno - 142.060.489-91 - JOSE NATALINO MACEDO SILVA - Oxford
Externo à Instituição - ROBERTA DE FÁTIMA RODRIGUES COELHO - CEFET/PA
Notícia cadastrada em: 03/08/2017 15:08
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