EFEITO DE TRATAMENTOS SILVICULTURAIS NO CRESCIMENTO DE Sterculia pilosa Ducke EM UMA FLORESTA DE TERRA FIME NA AMAZÔNIA ORIENTAL
incremento diamétrico; corte de cipós; anelagem de árvores.
O conhecimento das características específicas de cada espécie é necessário para tomar decisão sobre a necessidade de aplicar tratamentos silviculturais para favorecer o desenvolvimento de cada espécie especificamente, pois as espécies intolerantes à sombra normalmente têm crescimento mais rápido do que as tolerantes à sombra. Com esse objetivo algumas espécies já vêm sendo estudadas, porém há ainda muitas a serem avaliadas, principalmente aquelas cuja madeira tem valor comercial. Nesse sentido, o presente estudo visa contribuir com informações sobre a dinâmica de crescimento da população da espécie comercial Sterculia pilosa Ducke, por meio da determinação do Incremento Periódico Anual (IPA), após uma exploração de impacto reduzido, corte de cipós e desbaste de liberação de copas em área de floresta natural. O estudo foi realizado na UMF (Unidade de Manejo Florestal) Fazenda Rio Capim, pertencente ao Grupo Cikel, localizada no município de Paragominas, Amazônia brasileira. A área experimental é constituída de 700 ha, distribuídos em 14 UT (Unidade de Trabalho) na UMF. Da área total (700 ha) foram explorados 600 ha em 2004 e 100 ha foram deixados intactos. Na área explorada foram aplicados tratamentos silviculturais em 2005, ano seguinte à exploração, consistindo em corte de cipós e refinamento por meio de anelagem de árvores. Para avaliar o comportamento da população de Sterculia pilosa, considerando árvores com DAP > 35 cm, foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, considerando sete tratamentos, com quatro repetições, totalizando 28 unidades amostrais. Os dados foram coletados em cinco ocasiões (2005, 2006, 2007 e 2009). Os critérios utilizados para selecionar as árvores beneficiadas nos tratamentos silviculturais foram: diâmetro mínimo de 35 cm, árvores sadias e com boa forma. Observou-se que o IPA, tanto de Sterculia pilosa como do grupo das 57 espécies, foi no maior no T1 nas três ocasiões avaliadas (um ano, dois anos e quatro anos) após a aplicação dos tratamentos silviculturais.