Uso de indicadores para avaliar os efeitos residuais da manipulação de água e nutrientes em uma floresta secundária tropical
Agricultura de corte-queima; sucessão florestal; indicadores ecológicos e edáficos.
A agricultura itinerante contribui para o abastecimento de comércios locais na Amazônia e, por conseguinte, garante a subsistência e a renda de pequenos produtores. No entanto, a atividade é responsável pela emissão de gases do efeito estufa devido ao uso fogo para limpeza da área e consequente interrupção de ciclos biogeoquímicos. Essa atividade intensifica a expansão de florestas secundárias, que corresponde atualmente a 280 milhões de hectares em todo o mundo. Portanto, compreender os fatores que implicam na dinâmica desses ecossistemas são indispensáveis para estabelecer estratégias de conservação e restauração, especialmente na Amazônia. O projeto MANFLORA, por exemplo, após 8 anos de manejo de água e nutrientes (1999 - 2007) constatou efeitos da irrigação para as taxas de decomposição, além do prejuízo da remoção de nutrientes via serapilheira para a biomassa radicular. Todavia, pouco se sabe acerca dos possíveis efeitos do manejo de recursos a longo prazo. Assim, após mais de uma década do encerramento da pesquisa, o objetivo desta dissertação será avaliar, por meio de indicadores, os efeitos residuais da manipulação de água e nutrientes em uma floresta secundária tropical.