NÚMERO E TAMANHO ÓTIMO DE CONGLOMERADOS PARA ESTIMAR VOLUME DE MADEIRA EM FLORESTA AMAZÔNICA
Análise de incerteza; Método de Monte Carlo; Teoria da amostragem; Acurácia e precisão.
Unidades amostrais (UAs) de tamanhos reduzidos, bem como em menor quantidade, são geralmente desejáveis em inventários florestais. Isso porque o número de indivíduos medidos nas parcelas é menor, tornando o trabalho de campo menos oneroso. Esta pesquisa explora técnicas de reamostragem de um conjunto de conglomerados padronizados pelo Inventário Florestal Nacional (IFN) brasileiro. O objetivo foi duplo: identificar (1) o menor tamanho de conglomerado e (2) o menor tamanho amostral que propicie a mesma acurácia e precisão que a amostra completa. Dados de 22 conglomerados de 0,80 ha cada, instalados na Floresta Nacional do Bom Futuro-RO foram utilizados. Três produtos foram considerados: (1) volume de árvores com Diâmetro a Altura do Peito (DAP) ≥ 20 cm, (2) volume de árvores com DAP ≥ 50 cm, e (3) volume de árvores com DAP ≥ 50 cm, com qualidade de fuste 1 e 2. No Capítulo 1, reduções consecutivas de 0,80 a 0,08 ha executadas em dois sentidos (distal e proximal) deram origem a 20 cenários. No Capítulo 2, a intensidade amostral com conglomerados inteiros (0,80 ha cada) e reduzidos (0,56 ha cada) foi reduzida de 22 para 4 conglomerados. O método Monte Carlo foi empregado como técnica de reamostragem necessária para computar a acurácia e precisão do volume de madeira em cada cenário. No Capítulo 1, para os três produtos, foi verificado que conglomerados de 0,56 ha, reduzidos no sentido proximal, podem estimar com precisão e acurácia a variável de interesse. No Capítulo 2, também para os três produtos, qualquer redução do tamanho amostral aparentou afetar a acurácia e a precisão fornecida pelo tamanho amostral original (22 UAs). Esta pesquisa apresenta duas principais contribuições científicas. A primeira é que, para uma mesma intensidade amostral, é preferível reduzir o tamanho da UA do que o número de UAs. Essa relação tem sido constatada para muitas variáveis e espaços amostrais, sendo relatada em Cochran (1997). Esta pesquisa confirma, portanto, essa relação para a variável volume de madeira em floresta Amazônica. A segunda contribuição científica é que ficou estatisticamente provado que o conglomerado instalado na Amazônia poderia ter seu tamanho reduzido, para fins de volumetria. Essa redução de tamanho poderia, inclusive, tornar o IFN menos custoso.