MECANISMOS BIOQUÍMICOS, FISIOLÓGICOS E CRESCIMENTO EM PLANTAS DE Dipteryx odorata (aubl.) willd (Fabaceae) EM DUAS CONDIÇÕES HÍDRICAS
Espécie florestal, déficit hídrico, respostas bioquímicas, aspectos ecofisiológico
O objetivo desse trabalho foi determinar alguns mecanismos ecofisiológicos e bioquímicos de tolerância ao estresse por deficiência hídrica, principalmente no que concerne à assimilação de carbono e nitrogênio, concentrações de compostos orgânicos, e enzimas envolvidas nesse processo. O experimento foi conduzido na casa de vegetação da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), pertencente ao Instituto de ciências agrárias (ICA), localizado em Belém- Pará, no período de março de 2015 a julho de 2015. Foram utilizadas mudas de espécie Dipteryx odorata Aubl (cumaru). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado em fatorial do tipo 2 x 4 (duas condições hídricas: controle e déficit hídrico x quatro tempos de avaliação), com 5 repetições, totalizando 40 unidades experimentais, no qual cada unidade experimental foi composta de uma planta/vaso. A imposição do déficit hídrico foi obtido pela suspensão da irrigação nos tempos 0 (zero dias de déficit hídrico), o tempo 1 (7 dias de déficit hídrico), o tempo 2 (14 dias de déficit hídrico) e o tempo 3 (21 dias de déficit hídrico). Durante o período do experimento as plantas controle foram irrigadas diariamente para repor a água perdida pela evapotranspiração. Foi aplicada a análise de variância nos resultados e quando ocorreu diferença significativa às médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Além disso, foram calculados os desvios-padrões para cada tratamento, sendo as análises estatísticas realizadas pelo programa ASSISTAT Versão 7.7 beta. O conteúdo relativo de água reduziram drasticamente conforme foi aumentando o tempo de estresse nas plantas. Os dados de transpiração apresentaram diminuição e aumento da resistência estomática nas plantas mantidas sem irrigação, com o aumento do tempo de estresse hídrico, apresentando reduções mais pronunciadas no 14º e no 21º dia de estresse hídrico. As massas secas da folha e total apresentaram diferença significativamente entre os tratamentos, entretanto a biomassa da raiz teve leves diferenças nada significativas estatisticamente. Os resultados mostraram que não houve um decréscimo significativo para clorofila A, clorofila B e clorofila total para as plantas sob deficiência hídrica. Ocorrendo um incremento no vazamento de eletrólitos com 27,52 % para as raízes e 186,73 % para folhas. As enzimas SOD, CAT apresentaram incremento significante a parti do 14 dias de experimento, e APX no 7 dia de experimento. Plantas de cumaru não são tolerantes a mais de 21 dias de estresse hídrico, assim como as plantas jovens de cumaru são altamente responsivas às condições de disponibilidade de água no solo.