Banca de DEFESA: MARÍLIA CASTRO BRASIL DUARTE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARÍLIA CASTRO BRASIL DUARTE
DATA : 11/09/2020
HORA: 08:30
LOCAL: online
TÍTULO:

Biodegradação de madeiras de espécies tropicais afetam  o desenvolvimento vegetal 


PALAVRAS-CHAVES:

lixiviação, extrativos, Schizolobium parahyba, supressão, mineração 


PÁGINAS: 48
RESUMO:

Para implantar e conduzir usinas hidrelétricas, rodovias ou atividades de mineração, torna-se necessária a supressão da vegetação nativa. Nestas situações, produtos da biodegradação da madeira gerados nos pátios de estocagem de toras e resíduos de madeira interagem com água de precipitações ou volatilizam podendo causar impacto no ambiente e prejudicando futuros esforços de recuperação de áreas degradadas. O objetivo deste trabalho foi verificar se a biodegradação de madeiras tropicais estocadas em diferentes condições afetam as propriedades do solo e o crescimento inicial de mudas da espécie pioneira Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber exDucke) Barneby. Foram selecionadas as madeiras de quatro espécies tropicais: timborana (Pseudopiptadenia suaveolens (Miq.) J.WGRIMES); pau-amarelo (Euxylophora paraensis Huber); tamanqueira (Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke); e para-pará (Jacaranda copaia (Aubl.) D.Don) coletadas em pátio de estocagem de uma empresa de mineração de bauxita. Foi realizada a caracterização química, anatômica e física das madeiras antes e após estocagem no solo durante 75 dias, em três condições: madeira enterrada, posicionada horizontalmente e posicionada verticalmente (parcialmente enterrada), em relação ao substrato contido no vaso. Para o solo, determinou-se o pH, a capacidade de troca catiônica, o conteúdo de matéria orgânica, a saturação de bases, a saturação de alumínio e os macronutrientes. Nas mudas germinadas, foram analisadas propriedades biométricas e produção de biomassa. O teste de desenvolvimento das mudas foi conduzido em casa de vegetação. As perdas de massa foram de 2,7%, para Euxylophora paraensis e 13,1%, para Pseudopiptadenia suaveolens, ambas madeiras de alta densidade, e de 8,7% para Aegiphila integrifolia e 18,4%, para Jacaranda copaia, madeiras de baixa densidade. As madeiras de maior taxa de biodegradação também apresentaram maiores teores de extrativos solúveis em água (8,4% e 5,4%). Foram observados maior comprimento de fibra (1172,96 μm), comprimento de vaso (768,67 μm) e espessura de parede (5,92 μm) para a espécie de menor taxa biodegradação e maior diâmetro de lúmen (21,64 μm) e diâmetro de vaso (255,67 μm) para espécie de maior taxa de biodegradação. A biodegradação de todas as espécies modificou negativamente as propriedades do solo causando reduções de pH, teor de matéria orgânica, macronutrientes e aumento do teor de H+Al. Além disso, houve redução no crescimento nas plantas de Schizolobium parahyba  de 28%, 18%, 46%, 34% e 57% para a altura, diâmetro do caule e massa seca de raiz, caule e de folhas, respectivamente, quando cultivadas em solo na presença de biodegradação das madeiras tropicais. Conclui-se que a intensidade da biodegradação depende da espécie e varia em função de suas propriedades anatômicas e químicas, mas independe da posição de estocagem no solo. A biodegradação afetou negativamente as propriedades do solo e, consequentemente, o desenvolvimento de mudas de Schizolobium parahyba var. amazonicum. Este trabalho indica que a manutenção de madeiras no pátio de estocagem de áreas de mineração pode prejudicar a recuperação de áreas degradadas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2410727 - LINA BUFALINO
Interno - 750.222.302-91 - GLAUCO ANDRÉ DOS SANTOS NOGUEIRA - UFRA
Externo à Instituição - GUSTAVO HENRIQUE DENZIN TONOLI - UFLA
Externo à Instituição - LOURIVAL MARIN MENDES - UFLA
Notícia cadastrada em: 09/09/2020 00:40
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