SUSTENTABILIDADE DE UM PROJETO DE ASSENTAMENTO AGROEXTRATIVISTA NA AMAZÔNIA ORIENTAL: DOS AGROECOSSISTEMAS ÀS ESPÉCIES FLORESTAIS
Estrutura da paisagem. Estrutura populacional. Floresta. Indicadores ambientais. Indicadores sociais. Indicadores técnicos-econômicos. Mosaicos Agrícolas. Vegetação.
A região amazônica é complexa pela diversidade dos seus agroecossistemase discussões envolvendo diferentes aspectos da sustentabilidade são necessários. Neste sentindo esta tese tem como objetivo: Analisar indicadores de sustentabilidade dos agroecossistemas, estrutura da paisagem e da vegetação do habitat florestal e a estrutura populacional de três espécies florestais, no Projeto de Assentamento Agroextrativista Praialta Piranheira, no Sudeste do Pará. Os indicadores de sustentabilidade foram sistematizados através de um questionário, aplicado em nove agroecossistema e analisado ACM (Análise de Correspondência Múltipla) e teste de Monte Carlo. A estrutura da paisagem e da vegetação foram extraídos de um inventário florístico realizado em 45 parcelas, que serviram como centroides para criar buffse extrair as métricas da paisagem (área, perímetro, forma, densidade de borda e número de fragmentos), utilizou como ferramentas de análise ACC (Análise de Correspondência Canônica), RandomForeste correlação de Pearson. A estrutura populacional das três espécies florestais (Bertholletia excelsa (H.B.K), Carapa guianensis (Aubl)eCedrelinga cateniformis (Ducke), foram coletados em seis fragmentos florestais, sendo: três grandes e três pequenos, a densidade dos adultos e da regeneração foram comparadas entre os tamanhos dos fragmentos através do teste de Mann-Whitneye a distribuição diamétrica foram comparadas através do teste de Kolmogorov-Smirnov. No PAE tiveram 16 indicadores de sustentabilidade na categoria C que representam menores percentuais de sustentabilidade ficaram correlacionados com o tempo de ocupação dos agroecossistemas mais antigos. Portanto, os indicadores não possuem o mesmo peso para a caracterização dos agroecossistemas e a sustentabilidade dos agroecossistemas está relacionada ao seu tempo de ocupação, os agroecossistemas antigos apresentam correlação com os indicadores com menores percentuais de sustentabilidade. Dentre a estrutura da paisagem área influenciou a riqueza e abundância das espécies tolerantesaté a escala de 300 m; perímetro, densidade de borda e forma influenciou somente na escala de 100 m; nenhuma variável teve correlação significativa na escala de 500 m. Duas variáveis da vegetação sofreram influência positiva do aumento da quantidade habitat: riqueza de espécies herbáceas tolerantes e abundância das espécies arbóreas/arbustivas pioneiras do estrato inferior. Constatou a importância da escala local (100 m) para perceber a influência das métricas da paisagem e da quantidade de habitat florestal sobre a estrutura da vegetação. Já a estrutura populacional mostrou que a densidade das árvores adultas de B. excelsa, C. guianensis e C. cateniformis são similares entre os diferentesfragmentos, somente a regeneração natural de C. cateniformisapresentou diferença significativa na densidade entre os fragmentos. As curvas da distribuição diamétrica da B. excelsa e C. cateniformisapresentaram distribuição descontínua e exponencial negativa; contudo, C. guianensisapresentou distribuição exponencial negativa em todos os fragmentos. De modo geral a sustentabilidade dos agroecossistemas podem ser orientados pelos indicadores de sustentabilidade, a nível da estrutura da vegetal a quantidade de floresta tem influenciado em variáveis da vegetal e a escala é um importante divisor. Os efeitos da fragmentação podem ser diferentes entre as espécies, e no mosaico agrícola estudado os fragmentos pequenos são tão importantes na conservação das espécies como os fragmentos grandes.