DINÂMICA DE ESPÉCIES FLORESTAIS NA AMAZÔNIA ORIENTAL SUBMETIDAS À EXPLORAÇÃO DE IMPACTO REDUZIDO: UM ESTUDO EM CRONOSEQUÊNCIA DE 13 ANOS.
Colheita florestal, grupo ecológico, rendimento de madeira, classe de diâmetro, densidade de indivíduos, densidade de espécies.
A colheita florestal causa distúrbios na floresta que afetam a dinâmica das espécies arbóreas. Neste estudo, crescimento, mortalidade e recrutamento de árvores ≥ 45 cm DAP foram avaliados em diferentes florestas exploradas ao longo de 13 anos (2002 a 2015) na Amazônia Oriental. Os dados foram coletados em uma área controle não explorada e em quatro Unidade de Trabalho de 100 ha, divididas em 20 parcelas de 5 ha (total de 100 parcelas em 500 ha amostrados) e inventariadas a 100% um ano antes da colheita e novamente em 2015. Um total de 49 espécies foram analisadas ao longo de 13 anos. A maior taxa de mortalidade ocorreu nos primeiros cinco anos após a colheita (5,6%) com redução a partir dos sete anos (3,2% ano-1), período em que a taxa de recrutamento aumentou significativamente para todos os grupos ecológicos. A exploração reduziu o número de indivíduos e espécies nos primeiros cinco anos após a exploração. As áreas exploradas apresentaram as maiores taxas de crescimento cinco e sete anos após a exploração e estabilizaram onze anos após a exploração. Dentro do intervalo de 3 a 40 m³ ha-1 de intensidade de corte, não foram observadas diferenças nas taxas de crescimento para árvores remanescentes ≥ 45 cm DAP. Pioneiras, demandantes de luz e tolerantes a sombra apresentaram maiores taxas de crescimento nos primeiros cinco anos após a exploração. A partir de sete anos após a colheita, as demandantes de luz apresentaram maior crescimento quando comparada às espécies tolerantes à sombra. A taxa de crescimento de espécies comerciais aumenta proporcionalmente ao tamanho da árvore. Classes com maior diâmetro apresentaram as maiores taxas de crescimento relativo (TCR). Todas as classes de diâmetro aumentaram a TCR até 11 anos após a exploração.