Banca de DEFESA: JULIA ISABELLA DE MATOS RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULIA ISABELLA DE MATOS RODRIGUES
DATA : 16/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Auditótio do Instituto de Ciências Agrárias (ICA)
TÍTULO:

Agricultura itinerante e manejo de recursos: impactos para uma floresta secundária tropical


PALAVRAS-CHAVES:

Corte e queima; Sucessão ecológica; Regeneração natural; Ecossistemas tropicais; Resiliência florestal; Sustentabilidade agrícola.


PÁGINAS: 87
RESUMO:

A expansão de florestas secundárias em ecossistemas tropicais devido ao abandono pós-agricultura itinerante é uma realidade impulsionada pela diminuição da produtividade, decorrente de práticas inadequadas de manejo. A regeneração natural é frequentemente a principal responsável pela restauração desses ecossistemas, mas sua eficácia é limitada por vários fatores, incluindo o grau de degradação, a fonte de propágulos e a proximidade com florestas adjacentes. O projeto de Manipulação de Água e Nutrientes em Floresta Secundária na Amazônia Oriental (MANFLORA) foi desenvolvido ao longo de oito anos (1999-2007) para compreender os fatores que influenciam a dinâmica desses ecossistemas. O experimento foi realizado em um ecossistema com histórico de 40 anos de cultivo agrícola itinerante e incluiu irrigação nos períodos mais secos e a remoção de nutrientes via serapilheira. Os tratamentos consistiram em irrigação, remoção de serapilheira e um grupo de controle. Após 16 anos do encerramento do MANFLORA, esta dissertação foi dividida em três capítulos visando compreender o contexto geral da agricultura itinerante na Amazônia e os impactos do manejo de recursos a longo prazo em floresta secundária da região. Diante disso, no primeiro realizou-se uma revisão bibliográfica sobre a agricultura itinerante na Amazônia, destacando sua importância para as populações rurais, e ressaltando os impactos negativos, como a redução da biota, fertilidade e agregação do solo, bem como impactos na flora e fauna. Os dois capítulos seguintes avaliaram os efeitos a longo prazo do experimento MANFLORA. O segundo capítulo examinou os indicadores de composição e estrutura da vegetação, mostrando divergências na composição florística entre os tratamentos, mas sem impactos significativos na estrutura da vegetação. O terceiro capítulo focou na dinâmica de nutrientes do solo e serapilheira, destacando efeitos residuais na disponibilidade de nutrientes como K, Ca, Mg e P. A irrigação influenciou positivamente a disponibilidade de K, enquanto a remoção de serapilheira impactou negativamente o pH e a produção mensal de Ca, Mg e P. Esses resultados sugerem que a gestão de recursos pode ter efeitos duradouros na dinâmica de nutrientes em florestas secundárias. Em resumo, o estudo destaca a importância da agricultura itinerante para as comunidades amazônicas, mas enfatiza a necessidade de práticas sustentáveis para equilibrar a produção alimentar com a conservação da floresta. Os resultados a longo prazo do MANFLORA fornecem insights valiosos sobre a dinâmica pós-agricultura itinerante, evidenciando a influência de manipulações de água e nutrientes ao longo do tempo. Portanto, este trabalho contribui para o entendimento do papel desses ecossistemas e destaca a importância de abordagens de manejo que considerem a resiliência e sustentabilidade a longo prazo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 388426 - FRANCISCO DE ASSIS OLIVEIRA
Interno - 2411797 - FABIANO EMMERT
Interno - 741.673.590-49 - GUSTAVO SCHWARTZ - EMBRAPA
Externo ao Programa - 1551175 - RODRIGO SILVA DO VALE
Externo à Instituição - LUIZ FERNANDES SILVA DIONISIO - UFRR
Notícia cadastrada em: 24/01/2024 17:34
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