MODELOS GLOBAIS PARA A PREDIÇÃO DO CRESCIMENTO DE FLORESTAS SOB MANEJO NA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Parcelas Permanentes; Modelos Populacionais; Volumetria.
A Amazônia detém um vasto potencial para o manejo florestal. As pesquisas científicas desempenham um papel crucial na superação dos desafios associados à realização do manejo na região, aprimorando a capacidade de gestão e controle da atividade. Os gestores florestais precisam coletar informações sobre a dinâmica da floresta para definir os ciclos de corte, minimizando o impacto e baseando-se no ritmo de crescimento da vegetação. As parcelas permanentes são a ferramenta mais eficaz para verificar a dinâmica e medir o crescimento florestal, informações vitais para detectar padrões de crescimento em determinadas áreas florestais. Cada área está sujeita às características únicas que cada local proporciona, portanto, cada uma possui uma taxa de crescimento específica. Assim, conhecer ou estimar o ritmo de crescimento das florestas é fundamental para a gestão do manejo. Os modelos populacionais (ou modelos globais) surgem como uma alternativa para realizar prognósticos de volume, levando em consideração a dinâmica da floresta, com base em atributos dendrométricos da vegetação como variáveis preditoras, visando a estimativa da volumetria das respectivas áreas. Este estudo tem como objetivo identificar as variáveis dendrométricas médias de uma área florestal com a maior capacidade de descrever o crescimento em volume por unidade de área. Além disso, busca estimar o tempo de recuperação da volumetria da área após a realização do manejo florestal na região amazônica e compará-lo com o ciclo de corte estipulado. As informações da área florestal que fundamentam o estudo foram obtidas na Unidade de Manejo Florestal 3 da Floresta Nacional de Caxiuanã. Foram realizadas medições de inventário florestal contínuo, com levantamento em árvores com Diâmetro à Altura do Peito a partir de 10 cm, totalizando uma amostra com 66 medições e remedições em parcelas permanentes. Os resultados preliminares, baseados no coeficiente de correlação de Pearson, indicam uma maior relação entre o volume da área e variáveis obtidas por meio da área seccional das árvores, como a área basal e o diâmetro médio quadrático.