PLANEJAMENTO ESPACIAL DA EXTRAÇÃO DE RESÍDUOS DE MADEIRA EM UMA FLORESTA MANEJADA NA REGIÃO DO SUDESTE PARAENSE, PARÁ, BRASIL
Amazônia, manejo florestal sustentável, exploração florestal, heurística, impacto
Os planos de manejo florestal sustentável – PMFS com propósito de produzir madeira
em toras têm a possibilidade de incluir em seu planejamento operações para a extração
de resíduos das árvores exploradas, como galhos e sapopemas, que podem ser
comercializados como produtos de madeira. Buscando aperfeiçoar exploração
florestal, o estudo buscou investigar como o extração de resíduos de madeira é
planejada e propor um planejamento de trilhas de arraste e pátios com menor impacto
e melhores indicadores de rendimento operacional. O planejamento proposto foi
gerado com método heurístico, integrando os mesmos dados e características dos
maquinários que os manejadores se basearam, com técnicas de análise espacial em um
sistema de informações geográficas (SIG). O modelo criou virtualmente uma rede de
infraestrutura de trilhas de arraste para a extração dos resíduos das árvores exploradas,
gerando um vetor que pode ser comparado ao vetor do planejamento praticado. O
estudo foi realizado em uma Unidade de Trabalho (UT) pertencente a uma empresa
que atua no manejo florestal sustentável na região do Sudeste Paraense, Pará, Brasil.
Os dados utilizados para a investigação do planejamento foram o censo florestal
georreferenciado contendo informações sobre os critérios de seleção de árvores e os
mapas utilizados no planejamento e execução das operações de corte e arraste de toras
e resíduos em campo. O conjunto de mapas de campo foram digitalizados e as estradas,
trilhas de arraste e pátios vetorizadas em ambiente de SIG, considerando a técnica
heurística do caminho de menor custo, uma análise espacial voltada à otimização da
localização de linhas de ligação e fluxo (trilhas de arraste) na menor distância global.
Utilizando o censo florestal, o volume de resíduos das árvores exploradas foi estimado
a partir de modelos estatísticos da literatura e empregado para gerar indicadores de
impacto e rendimento operacional marginais, que subsidiaram a comparação dos
modelos. Também foram calculadas com ferramentas de geoprocessamento o
comprimento e as distâncias dos resíduos às trilhas de arraste dos dois modelos de
planejamento, utilizando informações de direção de queda e altura dos fustes. baseados
em uma amostragem aleatória virtual (ambiente SIG) com parcelas de 1ha. Nas
parcelas foram extraídos os valores de volume de resíduo, a distância entre as árvores
e as trilhas, o comprimento e área das trilhas de arraste dos dois modelos de
planejamento georreferenciados no SIG. Com esses dados, as variáveis densidade de
trilhas (m/ha), produtividade de trilhas (m/m3) e impacto de trilhas (m2/ha) foram
comparados por meio do teste t de médias com nível de significância α = 0,05.