ANÁLISE ESTRUTURAL DA VEGETAÇÃO EM ECOSSISTEMAS URBANOS NA AMAZÔNIA ORIENTAL BRASILEIRA
Praças, fitossociologia, cobertura arbórea, composição florística, parâmetros dendrométricos
A região amazônica é caracterizada por suas áreas florestadas, entretanto, suas metrópoles contam com áreas urbanas com baixo índice de vegetação. Sendo a cobertura vegetal um dos principais componentes nos ecossistemas urbanos, devido a sua importância para a conservação dos recursos naturais e serviços ecossistêmicos, que servem como subsídio para o bem-estar da população, como serviços ambientais e ecológicos, assim como econômicos e de subsistência, e até na saúde, como a diminuição de doenças cardiovasculares e problemas da saúde mental. Sendo assim, é importante realizar o monitoramento destas áreas para assegurar os seus serviços. O objetivo deste trabalho é avaliar a arborização de praças localizadas no município de Belém do Pará. Ao total, 15 praças foram analisadas, por meio de um censo florestal, com um levantamento quali-quantitativo, observando características individuais de cada indivíduo, sendo informações a partir dos parâmetros fitossociológicos, dendrométricos, de diversidade, fitossanitário e de cobertura arbórea. Foram registrados 754 indivíduos, distribuídos em 44 espécies e 17 famílias, destes indivíduos, apenas 8 não foram identificados. As famílias com maior ocorrência foram: Bignoniaceae (13), Fabaceae (9), Anacardiaceae (8), Malvaceae (6) e Meliaceae (6) . A Mangifera indica L., foi a espécie que apresentou maior IVI% (29,17%). Cerca de 52,27% das espécies foram consideradas exóticas da Amazônia, sendo consideradas inadequadas para a introdução na cidade de Belém. As praças apresentaram um índice de Shannon (H’) de 2,04 e um índice de equabilidade (J’) de 0,54, tais valores podem estar relacionados com a dominância da espécie M. indica.