Entomofauna edáfica, produção e decomposição de serapilheira em ecossistemas florestais de mogno brasileiro (Swietenia macrophylla king) em Aurora do Pará, PA, Brasil.
Amazônia; Insetos; Ecossistemas Florestais
Com as taxas de desmatamentos novamente em ascensão nos últimos anos na Amazônia brasileira, algumas espécies como é o caso do mogno brasileiro (Swietenia macrophylla King) tendem a diminuir emograficamente, devendo-se ter atenção especial quanto ao seu manejo e quanto a diversidade entomológica, haja vista que a diversidade de insetos num determinado ecossistema, sobre tudo os florestais é um fator preponderante para o
desenvolvimento das espécies plantadas. Os ecossistemas florestais, suas composições vegetais e diferentes formas de manejo apresentam na entomofauna edáfica oselementos fundamentais para seu funcionamento, de forma que o conhecimento destas comunidades é importante para perspectivas de manejo sustentável dos ecossistemas florestais com mogno brasileiro. Estes insetos são importantes para o funcionamento
dos plantios fl orestais, apresentando-se como grandes aliados na manutenção da biodiversidade florestal na Amazônia. Esta pesquisa foi dividida em três artigos científicos, onde no primeiro buscou-se conhecer a entomofauna edáfica, no segundo a diversidade de Coleopteros e no terceiro a produção e a decomposição de serapilheira em três ecossistemas florestais com mogno brasileiro, assim como a influência dos
fatores clim áticos na população entomológica de solos e na produção de serapilheira. Esta pesquisa ocorreu nos anos de 2015 e 2016 no município de Aurora do Pará-PA. O primeiro ecossistema é em consórcio com cedro australiano (Toona ciliata M. Roemer),
mogno africano (Khaya ivorensis A. Chev.) e nim (Azadiractha indica A. Juss), o segundo ecossistema em monocultivo com mogno brasileiro e o terceiro ecossistema sendo uma floresta enriquecida com mogno em estado sucessional. Os resultados alcançados até o momento são os seguintes: No primeiro artigo chegamos a conclusão que a entomofauna associada a reflorestamento com mogno possui alta riqueza de ordens e abundância, sendo a ordem Hymenoptera a mais frequente em todos os ecossistemas estudados, seguida das ordens Isoptera e Coleoptera. Para o segundo artigo os resultados são os seguintes: As famílias Nitidulidae, Staphylinidae Carabidae e Meloidae apresentaram maior abundância e riqueza de espécies nas áreas com estrutura florestal mais complexa, como os ecossistemas de floresta enriquecida com mogno brasileiro e de consorcio com outras Meliáceas; O ecossistema florestal de monocultivo
foi o que apresentou a menor diversidade e abundância de famílias de Coleopteros, devido principalmente a ausência de diversidade florestal, fato que pode ser preocupante para reflorestamentos devido a possibilidade de crescimento descontrolado de alguma espécie de besouro com características de pragas florestais; Abundância e a diversidade das famílias de Coleopteros sofreram poucas interferências das condições ambientais de precipitação pluviométrica, temperatura e umidade relativa. E para o terceiro artigo segue os seguintes resultados: A dinâmica de serapilheira não apresentou uma tendência com as variações de precipitação pluviométrica e a temperatura. A decomposição e renovação da serapilheira não diferiu entre os três ambientes. Portanto o plantio homogêneo de mogno foi mais eficiência quanto a produção de serapilheira e a decomposição e renovação da serapilheira não diferiu entre os ecossistemas florestais com mogno brasileiro.