Banca de QUALIFICAÇÃO: HELTON BASTOS MACHADO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : HELTON BASTOS MACHADO
DATA : 30/06/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Sala virtual no google meet
TÍTULO:

POTENCIAL MADEIREIRO DE UMA FLORESTA ANTROPIZADA NO SUDESTE DO ESTADO DO PARÁ.


PALAVRAS-CHAVES:

florestas antropizadas; dinâmica florestal; diversidade populacional.


PÁGINAS: 92
RESUMO:

A exploração de madeira sem manejo provoca distúrbios na sua estrutura horizontal e composição florística. A exploração, contínua, de florestas naturais antropizadas, causa o “esgotamento” do estoque aproveitável das espécies comerciais para futuras colheitas. A denominação aqui usada de floresta antropizada equivale ao termo na literatura de “florestas degradadas”, que são aquelas que sofreram uma redução drástica da biomassa. Porém, se as florestas antropizadas forem manejadas, pode-se melhorar o aproveitamento de madeira e proporcionar o desenvolvimento sustentável. O uso deste ecossistema antropizado, através do manejo florestal voltado para essas áreas, permitirá a manutenção do recurso natural, evitando a modificação da paisagem, principalmente pelo uso agropecuário. O objetivo deste trabalho é caracterizar e determinar o potencial madeireiro por meio de parâmetros dendométricos de uma floresta degradada no sudeste paraense. Os dados foram obtidos a partir do Inventario Florestal a 100% de 50 parcelas permanentes de monitoramento (PPM) e divididas em duas áreas, secundário I (30 PP) e secundário II (20 PP), da área da Fazenda Shet no município de Dom Eliseu – PA. Através dos dados coletados foram obtidos dominância, densidade, valor de cobertura, os índices de diversidade e similaridade, e a dinâmica florestal para as duas áreas. Na área experimental da Fazenda Shet, foi inventariado um total de 15.149 mil indivíduos arbóreos (DAP ≥ 5 cm), nas 50 parcelas permanentes (12,5 ha de área no acumulado), sendo registradas e identificadas 422 espécies. Do total de indivíduos inventariados, 62,06% estão presentes no secundário I e, 37,94% no secundário II. Quanto aos grupos ecológicos 60,9% das espécies pertencem ao grupo das tolerantes à sombra e 38,6% pertencem ao grupo das intolerantes à sombra. As áreas de estudo do secundário I e secundário II apresentaram índices de Shannon-Weaver (H’) de 4,50 nats.individuo-1 e 4,88 nats.individuo-1, de equabilidade de 0,78 e 0,82 para os indivíduos com DAP ≥ 5 cm, respectivamente. A distribuição diamétrica por classe de DAP demonstrou uma concentração de 87,4% e 87,3% dos  indivíduos na classe ≤ 20 cm e, 1,4% e 1%  dos indivíduos encontram-se nas classes ≥ 50 cm, para os secundários I e II, respectivamente. O que descreve o comportamento padrão em florestas naturais, refletindo claramente uma estrutura de floresta predominantemente jovem e, em estágio de recuperação pós-intensiva exploração. As espécies que apresentaram maior densidade foram Inga sp. e Sagotia racemosa Baill; maior dominância foram  Inga sp. e Cecropia distachya Huber; e maior IVC foram Inga sp. e Cecropia distachya Huber, para o secundário I e II, respectivamente. Durante o período de monitoramento foi registrada uma taxa de ingresso de 5,4% e de 3,1% ao ano para os secundários I e II, respectivamente. A taxa de mortalidade observada para os secundários I e II foram de 6,6% e de 4,4% ao ano, indicando um balanço negativo na dinâmica da floresta. O incremento periódico anual (IPA) em área basal apresentou valor acumulado de 0,83 e 0,86 m².ha-1.ano-1; e em volume um acumulado de 7,40 e 7,75 m³.ha-1.ano-1 para os secundários I e II, respectivamente.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 745.945.679-91 - ADEMIR ROBERTO RUSCHEL - EMBRAPA
Interno - 2411797 - FABIANO EMMERT
Externa à Instituição - DARLISON FERNANDES CARVALHO DE ANDRADE
Externa à Instituição - FERNANDA ILKIU BORGES DE SOUZA - EMBRAPA
Notícia cadastrada em: 18/06/2021 14:14
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